Ambiente. Quercus insiste na proibição de largadas de balões

Ambiente. Quercus insiste na proibição de largadas de balões


Desde 2016 que a organização ambiental tem vindo a pedir ao governo que proíba a largada de balões


“O que sobe também desce”, avisa Cármen Lima, técnica responsável pelos resíduos da Quercus. A organização ambiental voltou a pedir ao Ministério do Ambiente que proibisse as largadas em massa de balões, principalmente os que cotem lâmpadas LED e pilhas.

As largadas de balões com LED no seu interior têm sido uma moda mais barata dos casamentos. No entanto, os balões que durante cerca de 12 segundos fazem o efeito pretendido, acabam por cair em “matos” ou “ambientes marinhos” a vários quilómetros de distância, explica ao P3 a técnica da Quercus. “Com o sol perdem a cor, ficam esbranquiçados e são comidos por peixes, tartarugas e aves”, acrescenta.

Esta não é a primeira vez que a associação avança com um pedido de proibição para as largadas de balões. Esta terça-feira, a organização fez o mesmo pedido ao pedido ao Ministério do Ambiente – enviando também a todos os grupos parlamentares – que tinha feito em 2016.

Apesar de, na altura, ter ficado acordado que, “em 2017, o Ministério do Ambiente deverá legislar e proibir a largada de balões, atendendo aos impactos ambientais, muitos deles irreversíveis, associados a este tipo de eventos”, como se lia no comunicado enviado em dezembro, até agora não houve qualquer resposta do governo.

Mesmo defendendo que a proibição deverá ser aplicada “ainda nesta legislatura”, Cármen Lima ressalva que a medida possa ter “algumas exceções”, como o caso do São João, no Porto. “Associado a esta festividade está uma forte questão cultural”, o que cria a necessidade de “estudar o impacto que tem a largada” no Douro. “Caso se verifique que tem impacto no rio, então também deveria ser repensada”, reforça a técnica.