Este ano a produção de vinho deverá ser a mais baixa dos últimos seis anos, de acordo com o instituto da Vinha e do Vinho (IVV), citado pelo jornal ECO. Em causa estão as condições meteorológicas “atípicas” dos últimos meses.
Francisco Rico, responsável do IVV, afirmou que o ano tem sido “atípico”, sendo que a produção vitivinícola ficou afetada sobretudo pela primavera “chuvosa”, pela “onda de calor” que se fez sentir no mês de agosto e pelas “quedas de granizo” em algumas regiões do interior do país.
Contudo, a produção não foi afetada de forma igual. As regiões de Lisboa, Setúbal e Alentejo acabaram por ser as mais afetadas pelo calor. De acordo com o Observador, algumas propriedades da região de Setúbal poderão registar uma quebra de 50% na produção de vinho.
O vice-presidente do IVV conta, em declarações ao ECO, que no Alentejo “há produtores que perderam quase tudo” e que, por exemplo, no norte a produção foi afetada não pelo calor, mas por doenças, como o míldio.
Ainda assim, esta é uma questão referente à quantidade e não à qualidade. De acordo com o IVV, os produtores estão confiantes quanto à qualidades dos bagos.