As mentiras televisivas dos assassinos


Quando vi as declarações na televisão da filha da professora assassinada no Montijo, fiquei perplexo. Não se via um pingo de preocupação no rosto da mulher e falava como se estivesse a dizer que um periquito lhe tinha fugido da gaiola. Cheguei à redação e fiz um comentário sobre essa frieza da mulher que se…


Quando vi as declarações na televisão da filha da professora assassinada no Montijo, fiquei perplexo. Não se via um pingo de preocupação no rosto da mulher e falava como se estivesse a dizer que um periquito lhe tinha fugido da gaiola. Cheguei à redação e fiz um comentário sobre essa frieza da mulher que se sujeitou a falar para a televisão com o ar mais sereno do mundo e quando as televisões não paravam de dar conta do desaparecimento da mãe. Horas depois, as mesmas televisões davam conta de que a mulher que tinha falado com aquela ligeireza estava a ser ouvida pela PJ, onde acabou por ficar em prisão preventiva depois de ter assumido, juntamente com o marido, que tinham matado a professora, que lecionava na terra, com um martelo, depois de a terem drogado com calmantes.

Diana Fialho teve o desplante de colocar no seu Facebook um pedido de ajuda a alguém que pudesse dar informações sobre a mãe, que tinha desaparecido de casa há dois dias. Nas instalações da PJ confessou que a embrulharam numa manta e que que a largaram numa zona de mata e lhe pegaram fogo. Como é possível alguém conseguir mentir perante o assassinato da mãe? Ou melhor: como é possível alguém cometer um crime hediondo como este por causa de uma herança de duas casas no Montijo e dois carros?

E se Diana conseguiu falar para as televisões com aquela candura, como havemos de não desconfiar de algumas personagens que cometeram crimes financeiros e clamam inocência? A televisão, as redes sociais e outros meios servem para os criminosos tentarem “enganar” quem os ouve, mas eles não percebem que a mentira tem perna curta. Esperemos que a justiça não seja branda com quem comete crimes desta natureza.

P. S. Tem passado um pouco despercebido, mas só pode ser por haver indicações superiores para o fenómeno desportivo. Um grupo de adeptos do Boavista agrediu os donos de um restaurante nos Açores, onde o clube tinha ido jogar contra o Santa Clara, e três deles ficaram em prisão preventiva. E bem, mas quantos casos destes no passado mais longínquo implicavam prisão preventiva? Esperemos que estas “novas” regras se apliquem também aos adeptos que vandalizam as bombas de gasolina que ficam entre a sua cidade e aquela onde a sua equipa vai jogar. 

As mentiras televisivas dos assassinos


Quando vi as declarações na televisão da filha da professora assassinada no Montijo, fiquei perplexo. Não se via um pingo de preocupação no rosto da mulher e falava como se estivesse a dizer que um periquito lhe tinha fugido da gaiola. Cheguei à redação e fiz um comentário sobre essa frieza da mulher que se…


Quando vi as declarações na televisão da filha da professora assassinada no Montijo, fiquei perplexo. Não se via um pingo de preocupação no rosto da mulher e falava como se estivesse a dizer que um periquito lhe tinha fugido da gaiola. Cheguei à redação e fiz um comentário sobre essa frieza da mulher que se sujeitou a falar para a televisão com o ar mais sereno do mundo e quando as televisões não paravam de dar conta do desaparecimento da mãe. Horas depois, as mesmas televisões davam conta de que a mulher que tinha falado com aquela ligeireza estava a ser ouvida pela PJ, onde acabou por ficar em prisão preventiva depois de ter assumido, juntamente com o marido, que tinham matado a professora, que lecionava na terra, com um martelo, depois de a terem drogado com calmantes.

Diana Fialho teve o desplante de colocar no seu Facebook um pedido de ajuda a alguém que pudesse dar informações sobre a mãe, que tinha desaparecido de casa há dois dias. Nas instalações da PJ confessou que a embrulharam numa manta e que que a largaram numa zona de mata e lhe pegaram fogo. Como é possível alguém conseguir mentir perante o assassinato da mãe? Ou melhor: como é possível alguém cometer um crime hediondo como este por causa de uma herança de duas casas no Montijo e dois carros?

E se Diana conseguiu falar para as televisões com aquela candura, como havemos de não desconfiar de algumas personagens que cometeram crimes financeiros e clamam inocência? A televisão, as redes sociais e outros meios servem para os criminosos tentarem “enganar” quem os ouve, mas eles não percebem que a mentira tem perna curta. Esperemos que a justiça não seja branda com quem comete crimes desta natureza.

P. S. Tem passado um pouco despercebido, mas só pode ser por haver indicações superiores para o fenómeno desportivo. Um grupo de adeptos do Boavista agrediu os donos de um restaurante nos Açores, onde o clube tinha ido jogar contra o Santa Clara, e três deles ficaram em prisão preventiva. E bem, mas quantos casos destes no passado mais longínquo implicavam prisão preventiva? Esperemos que estas “novas” regras se apliquem também aos adeptos que vandalizam as bombas de gasolina que ficam entre a sua cidade e aquela onde a sua equipa vai jogar.