Fundação Champalimaud atribui prémio a investigadores que desenvolveram terapia genética para cegueira infantil

Fundação Champalimaud atribui prémio a investigadores que desenvolveram terapia genética para cegueira infantil


Descoberta vem revolucionar área da terapia genética para doenças hereditárias


O investigador norte-americano Michael Redmond e a sua equipa foram distinguidos com o Prémio António Champalimaud de Visão, anunciou a fundação esta terça-feira. Juntos, os sete investigadores desenvolveram terapia genética para cegueira infantil hereditária.

O prémio, no valor de um milhão de euros, foi para a descoberta da terapia genética para a amaurose congénita de Leber – forma de cegueira infantil – quese baseia na clonagem de um gene, que permite a restauração da vista, bem como no metabolismo da vitamina A para a visão.

De acordo com a fundação, esta descoberta trata-se da primeira terapia genética para curar uma doença hereditária e abre portas para novas descobertas nesta área para este tipo de doenças.

Este ano, o júri que escolheu o vencedor deste prémio foi constituído pelo Nobel da Medicina em 1987, Susumu Tonegawa, pelo presidente da Academia Internacional de Oftalmologia, Gullapalli Rao, o diretor do Instituto dos Olhos dos EUA, Paul Sieving, dois oftalmologistas, Alfred Sommer e José Cunha-Vaz, dois neurocientistas, Carla Shatz e Mark Bear, o neurologista Joshua Sanes, o ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, a ativista dos direitos humanos Graça Machel e o economista Armatya Sem.