Exploração de Gás e Petróleo Offshore


Exploração offshore de petróleo em Portugal, rejeitar ou explorar? Será que Portugal tem condições para o fazer?


Até ao presente o debate intenso que se tem feito sobre a exploração de gás e do petróleo nunca foi consensual, bem pelo contrário, sendo as vozes maioritárias daqueles que defendem uma descarbonização controlada, um aproveitamento dos recursos, e o estabelecimento de uma política pública que assegure uma transição controlada da exploração destas matérias-primas. 

A sociedade contemporânea e próxima futura, com o conhecimento existente e a sua aplicabilidade, com o modelo societário e organizacional, de garantir a sua funcionalidade e de assegurar uma resposta às necessidades de todos nós, obriga-nos a depender, e muito, dos produtos resultantes do petróleo tais como as benzinas (solventes), o diesel e a gasolina, e particularmente os polímeros plásticos. 

É neste contexto que devemos abordar o tema da exploração offshore de petróleo em Portugal. 

Na verdade, a extração desta matéria-prima irá manter-se por muitos e longos anos, pois, não há respostas inovadoras de elevado grau de eficiência e eficácia para a substituição dos diversos derivados oferecidos pelo petróleo.

Pelo que a necessidade de continuarmos a depender desta matéria-prima obriga-nos a dar continuidade ao processo da sua extração.  

Assim, rejeitar a oportunidade de explorar uma matéria-prima que pode gerar proveitos económicos avultados para os países que as possuem, entre outras vantagens, assume um caráter extraordinário, só possível de aceitar, em meu entender, se esse país se encontrar numa condição económica de excelência e com uma elevada capacidade de desenvolvimento e crescimento. Será que é o caso de Portugal? Não me parece…  

Uma ação de política pública que assegure o aproveitamento racional, sustentável e ambiental dos recursos em matérias-primas de um país é e será um fator determinante para o seu desenvolvimento, crescimento e sustentabilidade, não só no presente como no futuro.

Estar atento à realidade de outros países que alcançaram em parte, o seu desenvolvimento económico, social e tecnológico através da capacidade de assegurar uma boa política pública de exploração de recursos nestas matérias-primas, como por exemplo a Noruega, Austrália, EUA e o Reino Unido, todos com diferentes posicionamentos políticos sobre este assunto, pode ajudar-nos na decisão do caminho certo. 

Portugal, pela sua situação económica e social, não se encontra em condições de desperdiçar as oportunidades e recursos de que dispõe, ainda mais quando estes podem contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento. 

Não pretendo com este artigo debruçar-me sobre as questões ambientais e particularmente das alterações climáticas, pois uma discussão séria, objetiva e cientificamente correta, não deve permitir identificar uns riscos e excluir outros, por vezes até de maior perigosidade para a sustentabilidade do planeta, e também fazer de uns o “bode expiatório” para calar a consciência coletiva sobre as profundas mudanças que temos que operar no modelo societário, organizacional, educacional, cultural e de consumo quer sejam elas de fontes de energias, alimentar ou de outras, é uma forma incorreta de construir políticas públicas duradoras, responsáveis e estruturantes. 

Explorar e extrair o gás e petróleo da costa portuguesa é pois uma boa ação de política pública, desde que sejam garantidas as condições adequadas de segurança ambiental e um retorno económico vantajoso que permita ao “Mar Português” inovar e tornar-se um maior potencial económico, social e tecnológico. 

Gestor e analista de políticas públicas

Escreve quinzenalmente à sexta-feira
 


Exploração de Gás e Petróleo Offshore


Exploração offshore de petróleo em Portugal, rejeitar ou explorar? Será que Portugal tem condições para o fazer?


Até ao presente o debate intenso que se tem feito sobre a exploração de gás e do petróleo nunca foi consensual, bem pelo contrário, sendo as vozes maioritárias daqueles que defendem uma descarbonização controlada, um aproveitamento dos recursos, e o estabelecimento de uma política pública que assegure uma transição controlada da exploração destas matérias-primas. 

A sociedade contemporânea e próxima futura, com o conhecimento existente e a sua aplicabilidade, com o modelo societário e organizacional, de garantir a sua funcionalidade e de assegurar uma resposta às necessidades de todos nós, obriga-nos a depender, e muito, dos produtos resultantes do petróleo tais como as benzinas (solventes), o diesel e a gasolina, e particularmente os polímeros plásticos. 

É neste contexto que devemos abordar o tema da exploração offshore de petróleo em Portugal. 

Na verdade, a extração desta matéria-prima irá manter-se por muitos e longos anos, pois, não há respostas inovadoras de elevado grau de eficiência e eficácia para a substituição dos diversos derivados oferecidos pelo petróleo.

Pelo que a necessidade de continuarmos a depender desta matéria-prima obriga-nos a dar continuidade ao processo da sua extração.  

Assim, rejeitar a oportunidade de explorar uma matéria-prima que pode gerar proveitos económicos avultados para os países que as possuem, entre outras vantagens, assume um caráter extraordinário, só possível de aceitar, em meu entender, se esse país se encontrar numa condição económica de excelência e com uma elevada capacidade de desenvolvimento e crescimento. Será que é o caso de Portugal? Não me parece…  

Uma ação de política pública que assegure o aproveitamento racional, sustentável e ambiental dos recursos em matérias-primas de um país é e será um fator determinante para o seu desenvolvimento, crescimento e sustentabilidade, não só no presente como no futuro.

Estar atento à realidade de outros países que alcançaram em parte, o seu desenvolvimento económico, social e tecnológico através da capacidade de assegurar uma boa política pública de exploração de recursos nestas matérias-primas, como por exemplo a Noruega, Austrália, EUA e o Reino Unido, todos com diferentes posicionamentos políticos sobre este assunto, pode ajudar-nos na decisão do caminho certo. 

Portugal, pela sua situação económica e social, não se encontra em condições de desperdiçar as oportunidades e recursos de que dispõe, ainda mais quando estes podem contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento. 

Não pretendo com este artigo debruçar-me sobre as questões ambientais e particularmente das alterações climáticas, pois uma discussão séria, objetiva e cientificamente correta, não deve permitir identificar uns riscos e excluir outros, por vezes até de maior perigosidade para a sustentabilidade do planeta, e também fazer de uns o “bode expiatório” para calar a consciência coletiva sobre as profundas mudanças que temos que operar no modelo societário, organizacional, educacional, cultural e de consumo quer sejam elas de fontes de energias, alimentar ou de outras, é uma forma incorreta de construir políticas públicas duradoras, responsáveis e estruturantes. 

Explorar e extrair o gás e petróleo da costa portuguesa é pois uma boa ação de política pública, desde que sejam garantidas as condições adequadas de segurança ambiental e um retorno económico vantajoso que permita ao “Mar Português” inovar e tornar-se um maior potencial económico, social e tecnológico. 

Gestor e analista de políticas públicas

Escreve quinzenalmente à sexta-feira