Café Tati vai fechar portas 12 anos depois

Café Tati vai fechar portas 12 anos depois


O espaço funciona desde 2006 e é conhecido pelos concertos de jazz e jam sessions


O Café Tati, no Cais Sodré, funciona desde 2006 e é conhecido pelos concertos de jazz e jam sessions. Após 12 anos, de acordo com o jornal Público, esta quinta-feira, vai fechar e dar lugar a um novo restaurante. Contudo, há toda uma polémica por detrás desta mudança.

De acordo com o Público, o novo restaurante que vai abrir depois de o Taiti fechar, no final deste ano, pagará uma renda muito superior à que o café paga atualmente.

“Disseram que teríamos de sair no final do contrato, mas não tivemos oportunidade de negociar um eventual aumento de renda”, contou ao Público Ramón Ibañes, um dos proprietários do Tati, revelando o que lhes foi dito pelos novos donos do espaço.

“Nós abrimos no verão de 2006 e conhecemos um bairro que era mesmo bairro porque nessa altura não havia nada parecido no Cais do Sodré. Só depois do boom do turismo é que esta zona começou a mudar”, afirmou Ramón.

O jazz é um dos grandes destaques do espaço. O Público falou com o responsável pela programação musical do espaço, Gonçalo Marques, que afirma que “o Tati já era conhecido pelas jam sessions que decorrem todos os domingos há largos anos e nas quais têm participado artistas nacionais e estrangeiros”.

O Café Tati chegou a receber concertos de jazz semanais que contaram com a presença de “quase todos os músicos principais de Lisboa”.

O responsável pela programação acrescentou ainda que “em Lisboa só há um clube de jazz, o Hot Clube, mas depois existem outros espaços pequenos, que não são muitos, mas que tocam bom jazz. Esse é o caso do Tati”.

Contudo, de acordo com Ramón ao Público, o fecho do espaço ainda não foi anunciado oficialmente aos clientes, mas acrescenta que “o sentimento geral de quem já sabe é de tristeza, porque é um espaço que está há muitos anos na cidade e é para muita gente uma referência, um café que se tornou um ponto de encontro de muitas coisas, não só de café, gastronomia e música”.

Ramón Ibañes espera abrir um novo espaço, semelhante ao Tati.