Ciclo. Lisboa (é bonita) na Rua

Ciclo. Lisboa (é bonita) na Rua


A partir de hoje, as ruas, praças e jardins de Lisboa viram palcos onde a música, o teatro, a dança e o cinema amenizam a dor do regresso das férias. Um programa intenso em que o fado e o jazz, por exemplo, prestam a sua homenagem a alguns dos mais bonitos lugares da cidade. A…


Sou do Fado – Paulo Bragança

Quatro vozes para quatro noites, umas novas, outras de sempre, para celebrar “Lisboa, o amor e o ciúme, a sorte e o destino”, promete a EGEAC. O despique começa já hoje com o “fadista-punk” Paulo Bragança, que editou o seu primeiro álbum em 1991. Depois de “um exílio espiritual e artístico” que durou mais de uma década, regressou este ano às origens – ou, pelo menos, aos caminhos do fado – com o lançamento do EP “Cativo”, o primeiro trabalho do álbum “Exílio”, em que ainda está a trabalhar juntamente com o produtor Carlos Maria Trindade. Recentemente, Paulo Bragança, fazendo jus ao epíteto, colaborou com os Moonspell no tema “In Tremor Dei”, do disco “1755”, um trabalho que explora o Terramoto de Lisboa. Os quatro concertos do ciclo “Sou do Fado” decorrem sempre na Praça do Município às quintas-feiras e não há que enganar: todos têm hora de início marcada para as 21h30.

Praça do Município 

30 agosto – Teresinha Landeiro

6 setembro – Sara Correia

13 setembro – Katia Guerreiro

 

Jazz nos 70 anos do Hot Clube

A celebração das sete décadas do Hot Clube de Portugal (HCP), fundado em 1948, já vem (felizmente) longa neste 2018. E tem agora mais quatro momentos de festa que começam já este sábado, no Jardim da Quinta de Santa Clara, com o Corpo Docente. O quinteto formado especialmente para este ciclo – e que, como o nome promete, é constituído por professores da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas do Hot Clube de Portugal – vai “interpretar originais de todos os músicos e temas popularizados pela música jazz”. André Santos (guitarra), Gonçalo Marques (trompete), Daniel Bernardes (piano), Francisco Brito (contrabaixo) e Luís Candeias são os cinco nomes deste Corpo Docente, cujos primeiros riffs podem ouvir-se a partir das 19h00. Até 15 de setembro, o jazz vai ser ouvido em quatro jardins da cidade, mas sempre à mesma hora: 19h00.

Vários locais

1 setembro – CoMbO cOmBo (Jardim do Arco do Cego)

8 setembro – Septeto do HCP (Jardim do Torel)

15 setembro – Orquestra de Jazz do HCP – A Música de Duke Ellington (Parque Recreativo dos Moinhos de Santana)

 

Lisboa Mágica

O Festival Internacional de Magia de Rua de Lisboa, que deu os primeiros passos em 2006, volta agora de cartola em riste às ruas da cidade já na próxima semana, entre dia 28 (terça) e 2 de setembro (domingo). Luís de Matos é o responsável pela direção artística de quase uma semana de magia em que 15 artistas de nove países “apresentarão dezenas de espetáculos repartidos por 16 locais da cidade”. No dia inaugural (próxima terça-feira), as ilusões começam às 11h00 na Praça do Município e seguem para o Arco da Rua Augusta (14h), Largo do Carmo (17h30), Terraços do Carmo (18h30), Largo do Chiado (19h30) e terminam na Praça Luís de Camões (21h). Ao lado segue o plano de festas com as respetivas horas e locais para o dia seguinte, quarta-feira. Para os restantes dias – e para informações mais detalhadas sobre qualquer programa do ciclo -, aconselhamos a consulta do site www.culturanarua.pt.

Vários Locais

31 agosto 

Cais do Sodré, 11h

Largo Trindade Coelho, 12h

Arco da Rua Augusta, 13h30

Largo do Chiado, 17h30

Miradouro de São Pedro de Alcântara, 18h30

Praça Luís de Camões, 19h30

Campo das Cebolas, 21h

 

CineCidade – “Fuga para a Vitória”

Cabem ao desporto as honras deste ano. Até 14 de setembro, o ciclo CineCidade terá sessões de cinema dedicadas às diferentes modalidades, evocando, por exemplo, figuras como Ayrton Senna ou momentos que ficaram para a História como os Jogos Olímpicos de 1936. Amanhã, a sala de cinema instalada no Jardim do Palácio Pimenta (Museu de Lisboa) dedica-se ao futebol com a exibição de “Fuga para a Vitória”, de John Huston, pelas 21h30. Inspirado no “chamado Jogo da Morte, que decorreu entre ex-jogadores do Dínamo de Kiev e uma equipa de jogadores alemães durante a ii Guerra Mundial”, o filme conta a história de um comandante nazi que, como forma de propaganda, decide organizar um jogo entre oficiais alemães e prisioneiros britânicos e norte-americanos. Segue-se o documentário “San Siro”, de Yuri Ancarani, que nos conduz “por todos os passos de preparação de um jogo no mítico estádio de futebol italiano”. Cada filme (ou filmes) são apresentados por atletas – uma combinação que tem tudo para vencer. Ao lado, deixamos o programa para as restantes sessões.

Jardim do palácio Pimenta

31 agosto – “Eu, Tonya” de Craig Gillespie, e “Giant”, de Salla Tykkä

7 setembro – “Senna”, de Asif Kapadia, e “Engine”, de Miguel Ildefonso

14 de setembro – “Olympia/Os Deuses do Estádio: Parte II”, de Leni Riefenstahl, e “The Diver”, de PV Lehtinen

 

Dançar a Cidade

E porque a relva não serve só para sentar ou jogar à bola e pode bem ser uma bela pista, os próximos quatro domingos são dia de dança – forró, samba, flamengo, salsa e kizomba, para sermos precisos. Este domingo (dia 26), no jardim da Quinta das Conchas, os professores de danças brasileiras Enrique Matos e Camila Alves mostram o que é “xote, baião e arrasta-pé”. Ou forró, para os menos entendidos. Os bailes começam sempre às 18h00. É só aparecer sem vergonha de dar um pezinho – na coluna ao lado, mostramos quais as restantes pistas para não haver desculpas. 

Vários locais

2 setembro – Danças Latinas (Pala do Pavilhão de Portugal)

9 setembro – Danças Ibéricas (Miradouro da Capela de Santo Amaro)

16 setembro – Danças Africanas (Jardim Eucaliptal de Benfica)

 

Música no Cinema

No Parque do Vale do Silêncio, a música volta a ecoar com o Coro e a Orquestra Gulbenkian – um momento musical único que contará com a presença de Joana Carneiro, maestrina principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa e diretora musical da Sinfónica de Berkeley. No Silêncio vai ouvir-se um reportório escolhido pelo público, “numa votação feita a partir de uma seleção de composições clássicas tornadas banda sonora de filmes memoráveis como “Amadeus”, “West Side Story – Amor sem Barreiras”, “2001: Odisseia no Espaço” ou “Apocalypse Now”. O concerto – que, no ano passado, levou “Carmina Burana” até este mesmo parque – será apresentado por Cláudia Semedo e começa às 21h30.

Vale do Silêncio

Dia 8 setembro – Orquestra e Coro da Gulbenkian, com a maestrina Joana Carneiro