Pipa Amorim, comandante exonerado dos Comandos, deixa o Exército após polémica

Pipa Amorim, comandante exonerado dos Comandos, deixa o Exército após polémica


Pipa Amorim tinha sido informado em julho que havia sido substituído a 08 de maio.


O Coronel Pipa Amorim deixa esta quarta-feira o comando do Regimento de Comando (RC). O seu sucessor, o coronel comando Eduardo Pombo, assume amanhã, quinta-feira, as suas funções, de acordo com o Diário de Notícias. Pipa Amorim tinha sido informado em julho que havia sido substituído a 08 de maio.

Segundo o DN, fontes próximas de Pipa Amorim terão garantido que hoje é também o último dia do coronel ao serviço do Exército. Em causa está a forma como o Coronel diz ter sido tratado pelo general Rovisco Duarte, chefe do Estado-Maior do ramo (CEME), nos últimos meses.

A forma como Pipa Amorim foi substituído gerou indignação e várias ondas de solidariedade dentro do Exército.

O DN revela ainda que a demora do coronel comando Eduardo Pombo em assumir o RC deveu-se à necessidade rápida de passar as suas tarefas e gozar férias, antes de assumir o novo cargo. Fontes militares disseram ainda àquele jornal que o facto de o RC ser deixado sob o comando de um militar exonerado – 2 meses, neste caso – e sem que o sucessor no cargo estivesse pronto, indica que toda a decisão do CEME foi tomada sem preparação e planeamento. Além disso, Eduardo Pombo ficará fora do regimento, em setembro, para tirar o curso de comandantes do Exército, a menos de um mês de assumidas as novas funções.

Eduardo Pombo vai ter agora de lidar com os efeitos do julgamento dos 19 instrutores de comandos pela morte dos dois recrutas em setembro de 2016 – apesar de ser um assunto que não diz respeito ao RC, vários militares doaram parte do seu subsídio para pagar a defesa dos arguidos no caso.

No fim do ano, o novo comandante do RC será ainda avaliado na escolha de coronéis para promoção a oficial general. Caso a sua promoção aconteça, o regimento voltará a ter um novo comandante, em 2019.