Génova. Governo sabia que a ponte estava instável desde fevereiro

Génova. Governo sabia que a ponte estava instável desde fevereiro


No documento assinado pelo governo estava descrito que havia corrosão nos pilares da ponte


Segundo a revista italiana L’Espresso, o Ministério dos Transportes de Itália foi informado da instabilidade da ponte Morandi, seis meses antes da sua queda, em fevereiro deste ano.

A L’Espresso teve acesso a um documento que prova que o governo italiano foi informado acerca da corrosão dos pilares e que estes estariam 20% condicionados e abaixo do suposto em termos de estabilidade e resistência. Contudo, os avisos parecem ter sido ignorados, uma vez que nada foi feito para evitar a tragédia que acabou por acontecer no passado dia 14 de agosto, e que tirou vida a 43 pessoas.

Além disto, a revista revela ainda que a ata da reunião em que foram partilhadas estas informações para que se iniciassem as obras no viaduto foi assinada por Roberto Ferraza e Antonio Brencich, os dois escolhidos pelo governo italiano, seis meses depois, para investigar o incidente.

O documento foi entregue à L’Espresso pela Autostrade per L´Italia que, recorde-se, foi acusada pelo governo como a responsável pela tragédia.