O controlo de emissões poluentes está a ser a maior dor de cabeça dos fabricantes de automóveis. O setor está longe de cumprir com os objetivos estabelecidos pela União Europeia e as empresas correm agora o risco de pagar multas que podem chegar aos 14 mil milhões de euros.
O objetivo é que os carros novos cheguem a 2021 a produzir apenas 95 gramas de CO2 por quilómetro. Um valor muito acima da média que segundo a consultora norte-americana IHS Markit excede em 8 gramas a meta estipulada. O diretor da consultora disse mesmo aos espanhóis da “Cinco Dias” que as empresas “enfrentam multas médias de 624 euros por vinculo no final de 2020, com um aumento adicional de 190 euros em 2021”.
A partir de 1 de setembro todos os carros terão que responder ao WTLP, o novo padrão para a homologação de emissões que irá mostrar de uma forma mais precisa a poluição produzida.
Atualmente a Noruega é o único país europeu a cumprir a meta traçada, 93 gramas por quilómetro. Algo que foi conseguido através de uma política ativa de longo prazo e uma redução de impostos.
Em 2016, a média de emissões foi de 1147,4 gramas de CO2 por quilómetro em Espanha, 126,9 na Alemanha e 120,1 no Reino Unido.
Segundo o mesmo estudo, até 2021 os carros elétricos representarão apenas 4% da totalidade de automóveis vendidos na Europa enquanto os híbridos 19%. A Associação de Fabricantes de Automóveis Europeus afirmou que para reduzir as emissões é preciso apressar o desenvolvimento do carro elétrico.
Os próximos anos avizinham-se cruciais até porque ou mercado incorpora incentivos realmente interessantes para a mobilidade elétrica, algo que não está a acontecer, ou os fabricantes europeus podem correr o risco de entrar numa espiral de incumprimento e multas que vão colocar em causa a sobrivência da empresa.