Amadora-Sintra. Hospital garante que serviço de urgência não está a ser afetado

Amadora-Sintra. Hospital garante que serviço de urgência não está a ser afetado


Sindicato fala numa “situação de contingência” no serviço de urgência de obstetrícia


O prazo dado pelos chefes de equipa de ginecologia e obstetrícia do Hospital Fernando Fonseca à administração e ao Governo, para resolverem a situação do serviço de urgência, chegou ao fim na terça-feira. Apesar da chefia de obstetrícia ter concretizado a demissão na quarta-feira, o hospital garantiu hoje que o serviço de urgência continua a funcionar sem problemas.

A administração da unidade hospitalar assegurou à Lusa que “não há qualquer evolução” no que diz respeito às demissões dos chefes de equipa. No entanto, realçou ainda que “fez o que estava ao seu alcance” para resolver a situação, nomeadamente a abertura de um concurso para médicos tarefeiros para os blocos de parto.

Para o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e para os profissionais das urgências, a contratação de tarefeiros não resolve o problema. “Pode mitigar o problema pontualmente, mas não tem nenhuma [consequência] estrutural”, afirmou o presidente do sindicato, Roque da Cunha.

O sindicalista fala numa “situação de contingência” no serviço de urgência de obstetrícia do Amadora-Sintra, que devido à falta de médicos, cria situações de pouca segurança. A realidade pode ser diferente a médio prazo porque “se neste momento os médicos com 55 anos decidissem deixar de fazer noites e com 50 anos deixassem de fazer urgências, não havia ninguém para fazer o serviço de urgência no hospital Amadora-Sintra”, explica Roque da Cunha.

O presidente do SIM sublinhou ainda que, a partir de agora, todos os problemas são da responsabilidade “do conselho de administração, uma vez que os médicos já entregaram minutas de exclusão de responsabilidade”.

 

Rotura em Viseu

Além do cenário no Amadora-Sintra, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro denunciou uma situação de rutura nas urgências do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Os pacientes chegam a esperar mais de cinco horas para serem atendidos.