Tal como em Portugal, também em Inglaterra e França é hoje dado o pontapé de saída nos respetivos campeonatos. E, tal como por cá, a Liga inglesa e a francesa estão carregadas de protagonistas portugueses. Além disso, e para quem ainda não tenha ficado convencido, tanto a Premier League como a Ligue 1 recebem duelos lusos na primeira jornada.
Na competição em que José Mourinho também marca presença, o Wolverhampton de Nuno Espírito Santo, recém-promovido ao principal escalão do futebol inglês depois de ter conquistado o título no Championship [2.ª divisão de Inglaterra], vai medir forças, este sábado, com o Everton de Marco Silva, técnico que irá cumprir o seu segundo ano na Premier League depois de ter estado ao serviço do Watford na temporada transata. Todavia, os comandos técnicos dos wolves e dos toffees estão longe de ser o único motivo de interesse nesta ronda inaugural entre as duas equipas, que em ambos os casos têm caras que por cá são bem conhecidas. Só o plantel de Nuno Espírito Santo conta com oito nomes portugueses (a que se juntam outros três da equipa técnica além do técnico principal) com natural destaque para o guardião Rui Patrício, que, recorde-se, se transferiu para o emblema inglês depois de ter rescindido com o Sporting, e para o médio João Moutinho, que chega proveniente do Mónaco de Leonardo Jardim. Além dos dois internacionais portugueses, o atual campeão em título da II Liga inglesa conta ainda com o defesa Rúben Vinagre, os médios Rúben Neves e Pedro Gonçalves e os avançados Diogo Jota, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa.
Já o emblema de Liverpool garantiu esta sexta-feira, nos últimos minutos do último dia do mercado de transferências em solo inglês, o ex-Benfica André Gomes. O Everton chegou a acordo com o Barcelona pelo médio, que fica cedido a título de empréstimo por uma temporada aos toffees, numa operação que custou mais de dois milhões de euros aos cofres do clube inglês, que também suporta o salário do futebolista.
De referir que o Everton de Marco Silva foi um dos clubes a destacar-se neste mercado: além do internacional português, o emblema também garantiu, esta quinta-feira, o internacional colombiano Yerry Mina (Barcelona), por quem desembolsou 30 milhões de euros, e o internacional brasileiro Bernard, extremo desejado pelo Benfica, que chega a Liverpool a custo zero depois de ter terminado contrato com o Shakhtar.
Contudo, nem todos os clubes ingleses seguiram o rumo da forte investida realizada em Goodison Park. Exemplo disso é o Manchester United de José Mourinho, que terá que arrumar a casa “com os jogadores à disposição”.
Vice-campeão sem reforços de renome O mercado encerrou e embora ainda se esperasse o anúncio de algumas contratações sonantes por parte dos red devils tal não se verificou. O Special One já tinha mostrado a sua insatisfação perante a ausência de contratações e o atacante Alexis Sánchez juntou-se ao treinador português nesta indignação. “Gostava que tivessem chegado vários jogadores de classe mundial, mas por alguma razão não aconteceu. A decisão parte da direção”, disse. O vice-campeão inglês contratou três jogadores: o veterano guarda-redes Lee Grant (ex-Stoke), o defesa português Diogo Dalot (ex-FC Porto) e o médio brasileiro Fred (ex-Shakhtar). E estreia-se hoje no jogo que marca o arranque da Liga inglesa, frente ao Leicester.
Liga francesa também tem batalha lusitana Ainda este sábado, mas na Liga francesa, também haverá encontro português. Desta feita entre Miguel Cardoso, que deixou o Rio Ave depois de uma época brilhante em que terminou no 5.º lugar para rumar aos franceses do Nantes, e Leonardo Jardim, que segue para o seu quinto ano à frente dos comandos do Mónaco, emblema do Principado que já alcançou o título sob a orientação do madeirense (2016/17). Além desta conquista, o português tem feito um trabalho notável no que à venda de jovens jogadores diz respeito, entre elas as transferências realizadas na época transata: de Mbappé para os franceses do PSG e de Bernardo Silva para o Manchester City, atual campeão inglês.