Monchique. ANPC procedeu “de acordo com os princípios enunciados” após Pedrógão

Monchique. ANPC procedeu “de acordo com os princípios enunciados” após Pedrógão


Em causa está a violação das regras definidas em abril deste ano para a organização das autoridades no terreno em caso de incêndio


Depois da denúncia de que a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) não estava a cumprir com as novas regras para a gestão de operações de socorro em Monchique, que foram elaboradas depois dos incêndios de Pedrógão. Entretanto, em comunicado, a ANPC esclarece que procedeu “de acordo com os princípios enunciados”.

A notícia avançada pelo jornal Público, esta manhã, denunciava que as regras definidas em abril deste ano para a organização das autoridades no terreno, em caso de incêndio, foram violadas em Monchique: o comando nacional da ANPC só assumiu a liderança das operações cinco dias após o sucedido, sendo que deveria ter assumido ao fim de dois dias.

No segundo dia de um incêndio, a Proteção Civil é obrigada a acionar a Fase V das operações, num total de seis fases. Isto implica que um comandante de agrupamento ou do comando nacional da ANPC assuma o controlo da situação. De acordo com o Público, não como não existe comandante de agrupamento distrital no Algarve restava o comando nacional assumir a responsabilidade, mas tal não aconteceu e foi um comandante distrital a fazê-lo.

Para esclarecer a situação, a ANPC afirma que o Sistema de Gestão de Operações (SGO) é “ de natureza flexível” e desenvolve-se de forma “evolutiva”, para “possibilitar ao Comandante Operacional Nacional (…) tomar a decisão de acionar um nível superior de comando e controlo”.

A ANPC afirma que procedeu “de acordo com os princípios enunciados no SGO e em função da apreciação da evolução da operação que foi feita a cada momento”.