Provedora dos animais quer que tempo passado em consultas conte como faltas justificadas

Provedora dos animais quer que tempo passado em consultas conte como faltas justificadas


Provedora pretende alargar os direitos que abrangem os animais de companhia.


Depois de, recentemente, ter sido aprovada a lei que estabelece um estatuto jurídico dos animais, onde é reconhecida “a natureza dos seres vivos dotados de sensibilidade”, a Provedora dos Animais de Lisboa quer agora alargar os diretos dos animais de companhia.

Através de um parecer enviado à Câmara Municipal de Lisboa, Marisa Quaresma dos Reis, a provedora dos animais, defende que o tempo despendido pelos funcionários públicos “na prestação de assistência médico-animal” aos seus animais deve passar a ser contabilizado como faltas justificadas. 

De acordo com a mesma, o parecer foi motivado depois de ter sido feita uma queixa de uma funcionária da câmara que terá necessitado de prestar apoio médico ao seu animal, e acabou por levar com uma falta injustificada. “Nós estudámos a questão e entendemos que havendo uma obrigação legal de prestar os cuidados médico-veterinários ao animal de companhia, e essa obrigação deriva tanto do código civil como do próprio código penal, a falta deve ser justificada sempre que se mostre que são cuidados inadiáveis e que comprometem tanto a vida como a saúde de forma grave do animal, que tem como responsável o dono”, diz o parecer.

Além disso, o parecer indica ainda que “o proprietário de um animal deve assegurar o seu bem-estar e respeitar as características de cada espécie e observar as disposições especiais relativas à criação, reprodução, detenção e protecção dos animais”.