As autoridades do Laos foram acusadas esta sexta-feira pelos habitantes de minimizarem o número de vítimas do colapso de uma barragem na segunda-feira.
"Não é possível que haja apenas 27 mortos, há necessariamente pelo menos 100. Na nossa aldeia, em May, há muitos desaparecidos desde o dilúvio. Desapareceram?", questionou um morador, em declarações à AFP.
Depois de a barragem colapsar foram biliões as toneladas de água despejadas, chegando mesmo ao Camboja, país vizinho. Assim, as dúvidas sobre os balanços dados pelas autoridades tornam-se cada vez mais duvidosas.
"O número de desaparecidos, que é de cerca de cem, mostra que fizemos o melhor possível (…) tivemos apenas algumas horas para informar os aldeões", disse o governador da região, Leth Xaiaphone, à imprensa.
De acordo com a AFP, muitas pessoas estão desorientas, pedem comida e esperam por ajuda.
A Coreia do Sul anunciou esta sexta-feira que irá enviar ajuda de emergência avaliada em um milhão de dólares (857 mil euros), em equipamentos e dinheiro.
A polémica instaura-se depois de, além da construção de barragens nos Laos para os vizinhos asiáticos, existirem relatos de que, os danos, na estrutura que colapsou, já tinham sido vistos dias antes da rotura e nenhuma evacuação preventiva foi ordenada.