A artista ucraniana Oksana Shachko, cofundadora do movimento feminista Femen, foi encontrada morta no seu apartamento em Paris, na segunda-feira à noite. A polícia ainda está a investigar as razões da morte, embora tudo aparente ter sido um suicídio.
Inna Shevchenko, outra das fundadoras do Femen, confirmou, ontem, no Facebook a morte da sua companheira e amiga: “Oksana deixou-nos, mas está aqui em todo o lado. Está em cada uma de nós que esteve ao lado dela, ela é o Femen que ajudou a fundar” – movimento que deixara em 2014 para se dedicar às artes plásticas.
No tributo à amiga, Inna fala que as duas estiveram juntas na Praça da Independência, em Kiev, sobreviveram nas florestas da Bielorrússia, depois de terem sido torturadas, e marcharam juntas nas ruas de Paris, “enquanto formavam novos batalhões de mulheres combatentes”.
Inna, Oksana e Anna Hutsol criaram o movimento em 2008, em Kiev, que se tornou rapidamente conhecido pelo facto de exibirem nos seus protestos o tronco nu, normalmente com frases pintadas no corpo. Regimes ditatoriais, homofobia, turismo sexual, foram muitos os temas que mereceram a sua atenção. A sua “luta contra o patriarcado” valeu-lhes muitas detenções ao longo dos dez anos de existência e muitas seguidoras que alargaram a organização a numerosos países.