A guarda partilhada é um direito da criança


Quando eu conheci a Marta, que hoje tem 41 anos, ela era uma criança que vivia uma semana com o pai e outra semana com a mãe. Naquela altura era raríssimo. Foi muito cedo que percebi que o regime funcionava – a Marta foi uma criança estável, uma adolescente estável e hoje é uma adulta…


Quando eu conheci a Marta, que hoje tem 41 anos, ela era uma criança que vivia uma semana com o pai e outra semana com a mãe. Naquela altura era raríssimo. Foi muito cedo que percebi que o regime funcionava – a Marta foi uma criança estável, uma adolescente estável e hoje é uma adulta e mãe estável. 

Quando, anos mais tarde, o meu ex-marido quis a residência alternada do nosso filho, na altura com seis anos (hoje, 24), achei natural que ele quisesse ser pai por inteiro. Evidentemente, fui fustigada por meio mundo que me questionava sobre se, ao aceder à residência alternada, eu não estaria a contribuir para a instabilidade do meu filho. Passei a minha vida, quando o meu filho era criança e adolescente, a refutar que a nossa decisão estivesse a contribuir para a sua instabilidade presente e/ou futura. A minha resposta automática era a Marta. 

Não tenho dúvidas de que, para o meu filho, foi muito importante que durante a sua formação tivesse tido convívio igual com cada um dos pais. Sim, tinha duas casas, dois quartos, mochilas que iam e vinham…

É evidente que foi com estupefação que li a carta aberta de várias organizações feministas, mulheres juristas, etc., contra a ideia de que a residência alternada seja assumida como princípio. A carta faz uma lista de “parâmetros rígidos” – nomeadamente “estabilidade financeira de ambos” (???), que “devem gozar no seu local de trabalho de práticas amigas da família” (???) – fora dos quais, na douta opinião das signatárias, “a residência alternada é desaconselhada, por perniciosa, contribuindo para o aumento da conflitualidade e para a instabilidade psicológica das crianças”. 

Eu sou feminista desde que me conheço porque luto pela igualdade entre os sexos, que está muito longe de existir – o machismo não está erradicado no mundo ocidental.

Uma exceção: os casos de alienação parental têm como vítimas habituais os homens e a pressão sobre as crianças contra o pai é exercida muitas vezes por mulheres. É este padrão que está agora a ser replicado. E a alienação parental é o pior que pode acontecer a uma criança.

A guarda partilhada é um direito da criança


Quando eu conheci a Marta, que hoje tem 41 anos, ela era uma criança que vivia uma semana com o pai e outra semana com a mãe. Naquela altura era raríssimo. Foi muito cedo que percebi que o regime funcionava – a Marta foi uma criança estável, uma adolescente estável e hoje é uma adulta…


Quando eu conheci a Marta, que hoje tem 41 anos, ela era uma criança que vivia uma semana com o pai e outra semana com a mãe. Naquela altura era raríssimo. Foi muito cedo que percebi que o regime funcionava – a Marta foi uma criança estável, uma adolescente estável e hoje é uma adulta e mãe estável. 

Quando, anos mais tarde, o meu ex-marido quis a residência alternada do nosso filho, na altura com seis anos (hoje, 24), achei natural que ele quisesse ser pai por inteiro. Evidentemente, fui fustigada por meio mundo que me questionava sobre se, ao aceder à residência alternada, eu não estaria a contribuir para a instabilidade do meu filho. Passei a minha vida, quando o meu filho era criança e adolescente, a refutar que a nossa decisão estivesse a contribuir para a sua instabilidade presente e/ou futura. A minha resposta automática era a Marta. 

Não tenho dúvidas de que, para o meu filho, foi muito importante que durante a sua formação tivesse tido convívio igual com cada um dos pais. Sim, tinha duas casas, dois quartos, mochilas que iam e vinham…

É evidente que foi com estupefação que li a carta aberta de várias organizações feministas, mulheres juristas, etc., contra a ideia de que a residência alternada seja assumida como princípio. A carta faz uma lista de “parâmetros rígidos” – nomeadamente “estabilidade financeira de ambos” (???), que “devem gozar no seu local de trabalho de práticas amigas da família” (???) – fora dos quais, na douta opinião das signatárias, “a residência alternada é desaconselhada, por perniciosa, contribuindo para o aumento da conflitualidade e para a instabilidade psicológica das crianças”. 

Eu sou feminista desde que me conheço porque luto pela igualdade entre os sexos, que está muito longe de existir – o machismo não está erradicado no mundo ocidental.

Uma exceção: os casos de alienação parental têm como vítimas habituais os homens e a pressão sobre as crianças contra o pai é exercida muitas vezes por mulheres. É este padrão que está agora a ser replicado. E a alienação parental é o pior que pode acontecer a uma criança.