Faltam meios e espiões nas Secretas. E a impossibilidade de os serviços de informações portugueses acederem aos metadados está a comprometer a prevenção e o combate ao terrorismo. As conclusões são do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa, o organismo encarregue de garantir que a atividade das Secretas decorre dentro da lei.
No último parecer sobre o trabalho do SIS (a ‘secreta interna’) e do SIED (a ‘secreta’ externa) – concluído esta semana e entregue ao Parlamento na quinta-feira –, o Conselho de Fiscalização avisa que as ameaças a que Portugal está sujeito «são conhecidas e podem concretizar-se». «Sem alarmismos, temos de estar conscientes disto, trabalhando para evitar que se concretizem», lê-se ainda no documento. O texto continua os avisos, alertando que «as crescentes e diversificadas ameaças implicam uma atenção redobrada de todos os protagonistas com responsabilidades» na segurança nacional, em particular o SIS e o SIED.
«No domínio do terrorismo, das várias criminalidades organizadas, dos extremismos, da insegurança cibernética, da sabotagem, da espionagem, da subversão ou das migrações, as preocupações exigem a construção de respostas eficazes», descreve o organismo, recordando que se trata de ameaças que «não conhecem fronteiras».
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