Depois de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) é a vez do BPI apostar nos balcões móveis. A instituição financeira liderada por Pablo Forero já apresentou uma carrinha que vai prestar apoio às populações onde não há agências. Uma das regiões beneficiadas é o Alentejo. “O Balcão Móvel BPI vai prestar um serviço equivalente a um balcão tradicional com o acompanhamento especializado de um gestor de clientes”, revelou em comunicado.
Segundo o BPI, este será o único balcão no mercado que disponibiliza depósitos em numerário e cheque. “O serviço distingue-se por permitir operações com numerário, como depósitos em dinheiro e cheque, troca de notas por moedas além de permitir efetuar pagamentos, transferências, obter informações sobre produtos e serviços, simular e contratar operações de crédito e subscrever produtos de poupança/investimento“, refere.
Esta carrinha vai arrancar a partir do mês de agosto no concelho de Santiago do Cacém, no Alentejo. E estará presente em Ermidas do Sado às terças-feiras, em Vila Nova de Santo André às quartas e sextas e no Cercal do Alentejo às quintas. “O Balcão Móvel BPI vai ter uma rota fixa, no Alentejo, que permitirá reforçar a proximidade com os clientes e garantir a presença em localidades onde não existem balcões BPI”, salienta.
O anúncio surge numa altura em que o BPI tem vindo a reduzir o número de balcões. Um processo que se arrasta há vários anos, apesar de ter desacelerado mais recentemente essa tendência. No final de 2017, a instituição tinha 431 balcões em Portugal, menos 14 do que os 445 de 2016. E já este ano fechou mais agências. Curiosamente, a informação foi avançada depois de a instituição financeira ter revelado que vai ser o próximo patrocinador oficial da seleção portuguesa de futebol, como o CaixaBank o é da seleção espanhola.
Mais limitado
A Caixa foi o primeiro banco a avançar com esta novidade de balcões móveis. Para já, o projeto abrange as zonas de Castelo Branco e da Guarda, mas irá brevemente para Portalegre. No entanto, esta solução não permite fazer operações em numerário, por questões de segurança.
O banco público prepara-se para encerrar 70 balcões até ao final do ano. E de acordo com a Caixa, fatores como rentabilidade, proximidade com outras agências, localização em zonas de menor densidade populacional e uma distância de até 25 quilómetros entre agência foram os critérios utilizados para encerrar os balcões e vão ao encontro do Plano Estratégico negociado com as autoridades europeias em 2016 e prevê uma redução de cerca de 25% do número de agências até ao final de 2020.
Uma decisão que já recebeu a reprovação por parte do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI). De acordo com Rui Riso, este fecho de balcões vai representar uma “redução do negócio” da Caixa. O responsável admite que o plano está “traçado há muito tempo”, mas diz que ainda está por se saber “o que é que se pretende da Caixa”.