O Ministro da Defesa considera que os esclarecimentos sobre a investigação ao furto de material bélico em Tancos só podem ser "prestados pelo Ministério Público". É a primeira reação oficial do Governo sobre a notícia do Expresso de que existem 30 cargas de explosivos, granadas ofensivas e gás lacrimógénio por recuperar.
Perante o alarme social que tal cenário pode provocar, o Presidente da República voltou a exigir o cabal esclarecimento do que se passou em Tancos. Azeredo Lopes, que tutela as chefias militares, fez um curto comunicado em que subscreve as palavras do Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa. "Como afirmado pelo Senhor Presidente, em nota sobre este assunto, nenhuma questão envolvendo a conduta de entidades policiaisi encarregadas da investigação criminal, sob a direção do Ministério Público, poderá prejudicar o conhecimento, pelos Portugueses, dessa investigação".
O governante estará no Parlamento no dia 17, pelas 16 horas para falar com os deputados da Comissão de Defesa sobre a última Cimeira da Nato, mas será confrontado também com a polémica em torno do furto de material militar. O CDS já avisou que pondera pedir uma comissão de inquérito sobre o caso.