Depois da contratação de CR7 para o Juventus, por 122 milhões de euros, a Unione Sindacale di Base – um sindicato italiano – anunciou que os trabalhadores da fábrica da FIAT de Melfi, em Itália, convocaram uma greve devido à despesa do clube com o jogador. A greve está marcada para este domingo, dia 15 de julho, e acaba na terça-feira, dia 17.
A família Agnelli, donos da marca de automóveis e acionistas da Juventus, teve ação direta nesta nova contratação, visto que tem uma participação de 29,18% no clube e é responsável por parte do financiamento do mesmo, injetando 26 milhões de euros por temporada.
“É inaceitável que, enquanto os trabalhadores da FCA e da CNHI continuam a fazer enormes sacrifícios económicos, a empresa decida gastar milhões de euros na compra de um jogador. Dizem-nos que os tempos são difíceis, que temos de recorrer a redes de segurança social, que temos de esperar pelo lançamento de novos modelos que nunca chegam. E enquanto trabalhadores e as suas famílias têm de apertar os cintos cada vez mais, a empresa decide investir imenso dinheiro apenas num ser humano", lê-se no comunicado da Unione Sindacale di Base, publicado no seu site oficial.
Além disto, no comunicado pode ler-se ainda que os trabalhadores são todos “empregados do mesmo dono”, mas que “a diferença de tratamento não pode ser aceite”, uma vez que, ”os trabalhadores da Fiat deram à empresa uma fortuna nas últimas três gerações”, mas em troca receberam “apenas uma vida de miséria”.
Os trabalhadores da FIAT concluíram que “a empresa deve investir em carros que garantam o futuro de milhares de pessoas, em vez de enriquecer apenas uma.”