Depósitos a prazo
Se a simplicidade é uma das suas vantagens, a taxa de remuneração oferecida torna este produto financeiro menos atrativo devido à queda da taxa da Euribor em todos os prazos. Apesar de ter vindo a perder adeptos nos últimos anos devido às taxas de juro que apresenta, continua a ser um dos instrumentos de poupança preferidos dos portugueses. A maioria dos depósitos está a pagar, em média, uma remuneração próxima de zero; ainda assim, poderá contrariar esta tendência se procurar as ofertas para novos clientes ou montantes elevados. Além disso, a segurança deste produto continua a ser a sua grande vantagem, uma vez que beneficia do Fundo de Garantia de Depósitos. É certo que não existe nenhuma aplicação financeira que esteja 100% isenta de risco, mas também é verdade que há aplicações que comportam um risco maior do que outras.
Fundos de tesouraria
Os fundos de tesouraria poderão ser uma alternativa sobretudo numa altura em que os depósitos a prazo apresentam retornos muito baixos. Para quem pretenda escolher um produto de baixo risco, esta classe de fundos de investimento pode ser atrativa. Estes fundos apostam sobretudo em títulos de grande liquidez (depósitos a prazo, papel comercial) e, como tal, oferecem um bom grau de segurança. Esta segurança sai ainda mais reforçada face à diversificação do investimento que está associada aos fundos de investimento. A Deco garante que estes fundos de tesouraria são indicados para aplicar até um ano, sobretudo se não tiver a certeza de conseguir manter o investimento por mais tempo. Ao contrário da maioria dos depósitos a prazo, estes fundos não penalizam pelo resgate, pois a valorização é calculada diariamente. Mas este exige um pré-aviso que varia de um a três dias, consoante o fundo.
PPR
Os Planos Poupança Reforma (PPR) têm vindo a perder parte do interesse nos últimos anos, devido à redução de benefícios fiscais. E o interesse de continuar a aplicar em PPR fica circunscrito aos aforradores entre os 40 e os 55 anos. “Quem está a menos de dez anos da aposentação não deve aplicar mais dinheiro em PPR”, refere a Deco. “Se tem um PPR e o desempenho deixa a desejar, transfira-o para outro mais rentável e com menos custos.” A aposta no reforço da reforma poderá ser feita, por exemplo, através de fundos PPR. Estes produtos são disponibilizados pelas gestoras de ativos, sendo possível escolhê-los de acordo com o perfil de risco do aforrador. São segmentados por níveis diferentes de risco, de acordo com o grau de exposição ao investimento em ações. O Estado apresenta igualmente um produto próprio, mas também não tem tido grande sucesso.
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Ouro
O ouro, por norma, chama a atenção dos investidores quando se assiste a momentos turbulentos na bolsa, já que é encarado como um bom refúgio no caso de uma grave crise mundial e do colapso do sistema financeiro. No entanto, esta vantagem só se aplica ao metal em termos físicos, já que, no que toca ao investimento em produtos financeiros associados ao ouro (fundos ETF, entre outros), é preciso ter em conta que a cotação desta matéria-prima é extremamente difícil de prever. Há ainda outras desvantagens e que estão associadas ao seu potencial de valorização e à especulação do mercado. E, ao contrário do que possa pensar, quando decidir vender as barras, nada garante que ganhe dinheiro. Por exemplo, quem comprou ouro em 2011 ou 2012 e tentar vender agora, apenas recuperará pouco mais de metade do valor aplicado. Se considerarmos as comissões e as margens praticadas pelos bancos, a perda será ainda mais agravada.
Bolsa
Pode representar um negócio rentável, mas o risco é sempre mais elevado em relação aos outros produtos de investimento. O investidor pode fazer a compra individualmente, quando escolhe diretamente as ações que deseja, ou através de fundos de ações, ao adquirir unidades de participação de um destes instrumentos. Os especialistas aconselham os interessados a fazer este investimento a prazo (pelo menos, a cinco anos) para ultrapassarem as flutuações do mercado. Qual a melhor solução para aplicar o seu dinheiro? O melhor é ir investindo de forma periódica e regular. A tendência dos mercados financeiros é para valorizarem a longo prazo. O investimento periódico e regular permite ainda expurgar os efeitos da emoção no investimento. E não se esqueça da regra de “dividir para reinar”: ao escolher títulos de diferentes países e setores, consegue reduzir as flutuações do investimento.