No sábado, logo veremos se os craques portugueses conseguem superar-se e seguir em frente ou se voltam para Portugal.
Mas o jogo de ontem tinha muito mais em disputa do que a passagem à fase seguinte. É sabido que Carlos Queiroz, o treinador do Irão, não saiu a bem da seleção portuguesa e as suas quezílias com Cristiano Ronaldo não estão ultrapassadas, por muito que o agora treinador iraniano diga o contrário.
Queiroz é daquelas personagens chatas que adoram queixar-se de tudo. Começou a ganhar fama com dois títulos mundiais dos sub-20 portugueses mas, tirando o trabalho em seleções nacionais, nunca conseguiu nenhum feito digno de registo à frente de um clube. Por todos os motivos, a vitória de Portugal frente ao antigo selecionador nacional teve um sabor especial, embora o Irão tenha jogado de igual para igual e até não merecesse perder. Cristiano Ronaldo, que tem sido a garantia de pontos na seleção, ontem falhou uma grande penalidade e não conseguiu marcar a diferença, mas é indiscutível que Portugal passou mais uma fase de grupos num campeonato do mundo.
A Espanha, que estava no nosso grupo, viu-se e desejou-se para empatar com Marrocos e ficar em primeiro lugar. O futebol, à semelhança de muitas outras atividades, está muito diferente e os países cada vez mais se equiparam. No entanto, não deixa de ser meritório que um país com pouco mais de 10 milhões de habitantes esteja sempre, pelo menos nos últimos anos, na linha da frente das melhores seleções.
Já lá vai o tempo das vitórias morais e, hoje, Portugal joga de uma forma muito mais cínica, mas consegue resultados que no tempo de outros craques nem sonhávamos serem possíveis. Esperemos que o Uruguai seja apenas mais um degrau até à final…