Marido da Infanta Cristina de Espanha condenado a cinco anos e dez meses de prisão

Marido da Infanta Cristina de Espanha condenado a cinco anos e dez meses de prisão


Casa Real pede “respeito absoluto pela idenpendência do poder judicial”.


O cunhado do rei Felipe VI, Iñaki Urdangarin, marido da infanta Isabel, conheceu hoje a decisão do Supremo Tribunal, que decidiu condenar este a cinco anos e dez meses de prisão. Recorde-se que, o antigo atleta tinha sido condenado a seis anos e três meses de prisão, além de uma multa superior a 500 mil euros, no âmbito do caso Noos – Instituto que fundou e dirigiu entre 2004 e 2006, tendo avançado com recurso que foi hoje negado. A pena apenas diminuiu. 

Entretanto, o Ministério Público espanhol solicitou prisão preventiva, mas com possibilidade de ficar em liberdade mediante uma fiança de 200 mil euros. No entanto, o tribunal decidiu que apenas lhe seriam impostas medidas cautelares, como a obrigatoriedade de se apresentar no dia 1 de cada mês perante as autoridades judiciais do seu país de residência (no caso, a Suíça) e comunicar ao tribunal qualquer deslocação para fora da Europa ou mudança de residência, incluindo temporária. A Audiência de Palma de Maiorca considerou que Urdangarin tem suficientes raízes (familiares, sociais e laborais) em território espanhol para constituir risco de fuga.

Depois de ter esperado pela decisão do Surpremo Tribunal, o marido da Infanta Cristina ficou a saber que foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão.

Iñaki Urdangarin e a infanta Isabel já tinham sido afastados de toda a atividade institucional, em finais de 2011, pouco antes de o primeiro ter sido incriminado pelo juiz do tribunal de Palma de Maiorca. Posteriormente, deixaram de ser membros da Família Real, após a abdicação de Juan Carlos e a proclamação do seu filho, Felipe VI, em 2014, quando a infanta deixou de ser filha e passou a ser irmã do Chefe de Estado.´

O Supremo de Espanha diminui hoje para cinco anos e dez meses a pena de Urdangarin, pelos crimes de peculato, invasão, fraude à administração e crimes fiscais.

A redução da pena acordada pelo Supremo deve-se à absolvição do cunhado do rei de Espanha do crime de falsificação de documento público cometido por um funcionário, uma vez que o seu envolvimento neste caso não ficou provado.

Além de ter sido condenado, Iñaki Urdangarin deverá ainda pagar um montante que ultrapassa um milhão de euros, somando todas as multas e a indemnização a que foi condenado.