Eurostat. Desacelaração das economias da UE marca início do ano

Eurostat. Desacelaração das economias da UE marca início do ano


PIB português teve um dos menores crescimentos entre os países europeus. Exportações e investimento das famílias explicam movimento


As economias da zona euro e da União Europeia (UE) tiveram um menor crescimento no primeiro trimestre do ano, quer em comparação com o mesmo período do ano anterior, quer em relação ao útltimo trimestre de 2017. Portugal está entre os países europeus com um menor crescimento da economia no arranque de ano. A redução das exportações e o aumento do consumo das famílias explicam o movimento.    

Segundo o Eurostat, na zona euro, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,5%, entre janeiro e março, face ao mesmo período do ano passado. Um valor que está abaixo do crescimento homólogo de 2,8%  no último trimestre de 2017. 

Na UE, o PIB cresceu 2,4% no primeiro trimestre em termos homólogos, abaixo dos 2,7% de crescimento entre outubro e dezembro de 2017. Na variação em cadeia, o PIB aumentou 0,4% quer na zona euro quer na UE, um crescimento abaixo dos 0,7% registado em ambas as zonas no trimestre anterior. Em Portugal, entre janeiro e março, o PIB cresceu 2,1% em termos homólogos e 0,4% face ao trimestre anterior.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, a Letónia (5,1%), a Polónia e Eslovénia (5%) e a Hungria (4,7%) foram os países cuja economia mais cresceu no primeiro trimestre, isto comparando com a o mesmo período de 2017. 

A Dinamarca, que viu a sua economia recuar (-0,5%) teve a pior performance e o Reino Unido (1,2%), a Itália (1,4%) e a Bélgica (1,5%) foram os países com menor crescimento económico homólogo. Na variação em relação ao trimestre anterior, a Letónia e a Polónia (1,6%) registaram as maiores taxas de crescimento face ao trimestre anterior, seguindo-se a Hungria e Finlândia (1,2% cada). A Estónia teve uma ligeira diminuição no seu PIB (-0,1%) e a economia da Roménia manteve-se estável no primeiro trimestre do ano.

O crescimento do PIB foi diminuído pelas exportações do conjunto da moeda única, que caíram 0,4%, ao PIB. Já o consumo das famílias puxou pela economia. Segundo o Eurostat, o principal contributo para o crescimento do PIB da Zona Euro foi dado pelo consumo das famílias (somou 0,3% ao rescimento do PIB). O investimento também contribuiu positivamente (0,1%), bem como a variação de stocks, que aumentou (0,2%)

Contributo negativo Já as exportações contribuíram negativamente, retirando 0,2%  ao crescimento, compensados por uma ajuda do lado das importações de 0,1%. Isto aconteceu porque as exportações recuaram 0,4% em termos trimestrais (quando no final de 2017 tinham avançado 2,2%), mas as importações também caíram (0,1%).

Já no final de maio o índice PMI Composto da atividade total da zona euro da Markit apontava  para o quatro mês consecutivo de desacelreção da economia europeia. 

O crescimento desacelerou tanto no setor industrial como no dos serviços, marcando em ambos os menores crescimentos dos últimos 18 meses. As novas encomendas cresceram a um ritmo reduzido, o mais baixo desde finais de 2016.