O suspeito chama-se Yassine Atar, é irmão de Usama Atar, um jihadista veterano suspeito de ter orquestrado os ataques de novembro, em Paris, a partir da Síria, mas que nunca foi localizado pelas autoridades.
O homem encontrava-se preso na Bélgica desde o fim de março de 2016, quando foi intercetado pela polícia em Bruxelas. "Ele foi extraditado para França em virtude de um mandado de captura internacional, emitido em Paris, e vai ficar naquele país em prisão preventiva", indicou à AFP, o porta-voz da procuradoria belga, Eric Van Der Sypt.
No dia 2 de junho de 2017, o Ministério Público da Bélgica acusou formalmente Yassine Atar de participar na organização dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, França.
O homem foi acusado de "homicídios terroristas e participação, enquanto dirigente, em atividades de um grupo terrorista", pelo seu alegado envolvimento nos atentados de Paris.
Atar é de origem marroquina e pensa-se ser o 'guardião' da chave do esconderijo da comuna belga de Schaerbeek, onde terão sido preparados os cintos explosivos que foram utilizados no atentado na capital francesa, e onde Salah Abdeslam – o único sobrevivente dos atentados – esteve alojado durante o tempo que esteve fugido às autoridades.
Yassine Atar foi detido cinco dias depois de terem ocorrido os atentados em Bruxelas, a 22 de março de 2016, por suspeitas de preparar um atentado contra a 'Marcha contra o medo', prevista para o centro de Bruxelas e anulada depois de várias ameaças.