Vários escritores já reagiram à notícia da morte do autor norte-americano Philip Roth, que faleceu esta terça-feira, aos 85 anos, de insuficiência cardíaca.
O escritor português Francisco José Viegas, em declarações à Antena 1, revelou tristeza pela morte de Philip Roth e afirmou que o norte-americano merecia ter ganho o Prémio Nobel. "Devia ter ganho, mas eu acho que não ganhou, em primeiro lugar, por ser judeu e, em segundo lugar, por ser um homem livre. Isso prejudicou-o numa Academia Nobel que, sem dúvida, não tem hoje em dia qualquer credibilidade", referiu o escritor português.
T.J. Stiles, biógrafo americano, cuja obra mais recente é "Custer's Trials: A Life on the Frontier of a New America", lamentou a notícia e deixou críticas a Donald Trump. “Philip Roth está morto. E os Estados Unidos têm um presidente eleito sob o slogan "America First", que elogiou os nazistas literais depois de eles gritaram "os judeus não nos substituirão" e assassinaram uma mulher desarmada que se levantava contra o racismo. Fica pior a cada dia", escreveu T.J. Stiles nas redes sociais.
Também o escritor e jornalista americano Mark Harris, autor de obras como "Pictures at a Revolution: Five Movies and the Birth of the New Hollywood” e "Five Came Back: A Story of Hollywood and the Second World War", já reagiu à morte de Philip Roth. "Descansa em paz, Philip Roth. Oitenta e cinco anos é uma boa e longa vida, mas ainda me engasguei ao ver a notícia. Um gigante. Eu posso pensar em muitos leitores e escritores que não o amavam, mas nenhum que não pudesse aprender algo lendo-o”, disse.
O autor americano Blake Bailey, que está a trabalhar numa biografia de Roth, descreveu-o como um grande escritor. “Philip Roth morreu esta noite, cercado por amigos de longa data que o amavam muito. Era um homem querido e o nosso maior escritor vivo", afirmou.