Em declarações à Agência Lusa, João Salaviza declarou que este “é um filme feito por duas pessoas no meio do mato, sem qualquer coprodução francesa, com 80 mil euros de apoio do ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual]". Por isso, "estar a ombrear com outros filmes da competição é fantástico”.
O filme foi rodado durante nove meses, em 16mm, sem equipa, na aldeia Pedra Branca, no estado de Tocantins, no Brasil. O júri da secção Un Certain Regard, presidido por Benicio del Toro, atribuiu o prémio principal a “Border”, um filme do dinamarquês de origem iraniana Ali Abbasi, que se apresentou pela primeira vez no Festival de Cannes.
Um outro filme português havia já sido premiado na quarta-feira. “Diamantino”, de Gabriel Abrantes-Daniel Schmidt, recebeu o Grande Prémio da 57.ª Semana da Crítica de Cannes.
A obra conta a história de um futebolista português caído em desgraça. João Salaviza, de 34 anos, já tinha vencido a Palma de Ouro para curta-metragem no Festival de Cannes em 2009.