O estuário do rio Tejo, um espelho de água dos mais belos do mundo


O estuário do rio Tejo, espaço de excelência, de beleza natural e ambiental, de cor, de sonho e utopia, que tem ao longo de gerações ligado Portugal ao mundo, não dispõe de uma estratégia que garanta o seu desenvolvimento e aproveitamento pleno, que permita dar vida e movimento a um dos espelhos de água mais…


O estuário do rio Tejo representa, para qualquer marítimo e ou cidadão que viva, trabalhe ou visite a região de Lisboa, um espaço de excelência histórica e patrimonial, de beleza natural e ambiental, de cor, de sonho e utopia que conduz à abstração e ao pensamento livre. 

Este magnífico braço de rio, que tem ao longo de gerações ligado Portugal ao mundo, tornou-nos um dos países pioneiros da globalização e da interculturalidade e foi o espaço privilegiado para o fomento e desenvolvimento industrial e comercial do país.

No entanto, como resultado de algumas políticas públicas que nos conduziram à desindustrialização, tornou-se um espaço decadente, abandonado e poluído. Contudo, nas últimas décadas, sem grande articulação regional, foram iniciadas ações de política pública, projetos e obras de caráter local/municipal que permitiram reverter parte deste processo de abandono, degradação e poluição, mas não como espaço de agregação coletiva, pois não foi pensado e idealizado no seu potencial. Muitas obras e ações não contribuíram, assim, para resolver o subaproveitamento do mesmo.

O estuário é, por natureza, uma fronteira entre o espaço territorial terreste e marítimo da Área Metropolitana de Lisboa e de alguns concelhos que a compõem, pelo que uma estratégia que garanta o seu desenvolvimento e aproveitamento pleno tem de obedecer a uma lógica metropolitana, integrada e articulada entre os diversos parceiros que a ele confluem e nele atuam.

Estruturado, com espaços regenerados, renovados, e dotado de infra-estruturas e de ações de política pública estrategicamente concertadas, poderia ser potenciado, garantindo–se a coexistência de diversas atividades económicas, tais como aquicultura, marítima-turística, transporte marítimo (carga e passageiros), cruzeirismo, reparação e construção naval, náutica de recreio, etc., desenvolvendo-se e fomentando-se a imersão de novos empreendedores da economia do mar, ao mesmo tempo dando vida e movimento a um espelho de água dos mais belos do mundo.

Para tal urge otimizar, reparar e construir pontões, paredões e locais de atracamento para atividade marítimo-turística e de lazer, possibilitando um acesso regular e permanente a todos os atores do mar; desassorear canais e relocalizar bóias de sinalização, tornando segura e regulando a sua navegabilidade; delimitar, tanto quanto possível, áreas para as várias atividades económicas; regenerar e reinventar atividades para equipamentos existentes; criar uma plataforma digital que agregue, promova e dê a conhecer a atividade e localização dos diversos atores, equipamentos, potencialidades, percursos marítimos e atividades náuticas que ocorrem no amplo espaço geográfico territorial terrestre e marítimo do estuário. Estas são apenas algumas das ações que urge concretizar. 

O estuário do rio Tejo merece o nosso melhor, pois foi e é fonte inspiradora, inovadora e empreendedora dos portugueses. 

Gestor e analista de políticas públicas
Escreve quinzenalmente sexta-feira


O estuário do rio Tejo, um espelho de água dos mais belos do mundo


O estuário do rio Tejo, espaço de excelência, de beleza natural e ambiental, de cor, de sonho e utopia, que tem ao longo de gerações ligado Portugal ao mundo, não dispõe de uma estratégia que garanta o seu desenvolvimento e aproveitamento pleno, que permita dar vida e movimento a um dos espelhos de água mais…


O estuário do rio Tejo representa, para qualquer marítimo e ou cidadão que viva, trabalhe ou visite a região de Lisboa, um espaço de excelência histórica e patrimonial, de beleza natural e ambiental, de cor, de sonho e utopia que conduz à abstração e ao pensamento livre. 

Este magnífico braço de rio, que tem ao longo de gerações ligado Portugal ao mundo, tornou-nos um dos países pioneiros da globalização e da interculturalidade e foi o espaço privilegiado para o fomento e desenvolvimento industrial e comercial do país.

No entanto, como resultado de algumas políticas públicas que nos conduziram à desindustrialização, tornou-se um espaço decadente, abandonado e poluído. Contudo, nas últimas décadas, sem grande articulação regional, foram iniciadas ações de política pública, projetos e obras de caráter local/municipal que permitiram reverter parte deste processo de abandono, degradação e poluição, mas não como espaço de agregação coletiva, pois não foi pensado e idealizado no seu potencial. Muitas obras e ações não contribuíram, assim, para resolver o subaproveitamento do mesmo.

O estuário é, por natureza, uma fronteira entre o espaço territorial terreste e marítimo da Área Metropolitana de Lisboa e de alguns concelhos que a compõem, pelo que uma estratégia que garanta o seu desenvolvimento e aproveitamento pleno tem de obedecer a uma lógica metropolitana, integrada e articulada entre os diversos parceiros que a ele confluem e nele atuam.

Estruturado, com espaços regenerados, renovados, e dotado de infra-estruturas e de ações de política pública estrategicamente concertadas, poderia ser potenciado, garantindo–se a coexistência de diversas atividades económicas, tais como aquicultura, marítima-turística, transporte marítimo (carga e passageiros), cruzeirismo, reparação e construção naval, náutica de recreio, etc., desenvolvendo-se e fomentando-se a imersão de novos empreendedores da economia do mar, ao mesmo tempo dando vida e movimento a um espelho de água dos mais belos do mundo.

Para tal urge otimizar, reparar e construir pontões, paredões e locais de atracamento para atividade marítimo-turística e de lazer, possibilitando um acesso regular e permanente a todos os atores do mar; desassorear canais e relocalizar bóias de sinalização, tornando segura e regulando a sua navegabilidade; delimitar, tanto quanto possível, áreas para as várias atividades económicas; regenerar e reinventar atividades para equipamentos existentes; criar uma plataforma digital que agregue, promova e dê a conhecer a atividade e localização dos diversos atores, equipamentos, potencialidades, percursos marítimos e atividades náuticas que ocorrem no amplo espaço geográfico territorial terrestre e marítimo do estuário. Estas são apenas algumas das ações que urge concretizar. 

O estuário do rio Tejo merece o nosso melhor, pois foi e é fonte inspiradora, inovadora e empreendedora dos portugueses. 

Gestor e analista de políticas públicas
Escreve quinzenalmente sexta-feira