O Banco de Portugal trocou 400,9 milhões de escudos em 2017, correspondentes a dois milhões de euros, mais 84% do que em 2016. Segundo o banco, ainda podem ser trocadas mais notas da antiga moeda equivalentes a 106,3 milhões de euros.
O relatório de emissão monetária de 2017 do Banco de Portugal explica que o aumento das trocas de notas de escudo no ano passado deveu-se ao fim do prazo de 20 anos para a aceitação de quatro chapas (número identificativo do desenho das notas de escudo). Contudo, algumas das antigas notas prescrevem só daqui a quatro anos, no dia 1 de março de 2022.
Em 2017, o Banco de Portugal trocou 137.428 notas de escudo de todas as denominações, no valor total de 2 milhões de euros. Mas, no final de 2017, segundo o banco, continuavam em posse do público 15,3 milhões de notas de chapas que ainda podiam ser trocadas após aquela data, correspondentes a 106,3 milhões de euros.
No ano anterior, em 2016, o Banco de Portugal tinha trocado 73.018 notas no valor de 1,1 milhões de euros.
O relatório informa ainda do levantamento no Banco de Portugal de 10,9 mil milhões de euros de notas em 2017, correspondentes a 621 milhões de notas e a um aumento face ao ano anterior do valor total levantado superior a 3,2%. Para o banco, este aumento é resultado de, pelo segundo ano consecutivo, diminuir a procura de notas de 500 euros e aumentarem principalmente os levantamentos de notas de 50 e 100 euros (mais de 390 milhões de euros).
Quanto ao combate à contrafação de notas, o banco afirma que, no ano passado, 57% das notas contrafeitas apreendidas pertenciam à denominação de 20 euros e que, na área do euro, foram retiradas de circulação 694 mil notas contrafeitas, mais 1% do que no ano anterior, representando as contrafações apreendidas 0,003% do total de notas genuínas em circulação.
O Banco de Portugal refere ainda que, no final de 2017, circulavam na área do euro 21,4 mil milhões de notas, no valor de 1,2 biliões de euros, aumentando o valor das notas em circulação 4% em termos anuais, quase o mesmo crescimento de 2016 (3,9%).
