MP investiga concurso de delegados por suspeita de corrupção

MP investiga concurso de delegados por suspeita de corrupção


DIAP de Lisboa abriu um inquérito em 2016 ao polémico concurso de delegados regionais da Educação, sabe o SOL. Na mira do MP estão suspeitas de corrupção e ainda abuso de poder. Tutela diz ‘desconhecer’ inquérito. 


O polémico concurso de delegados regionais da Educação está a ser investigado pelo Ministério Público por suspeitas de corrupção e abuso de poder, sabe o SOL.

O inquérito crime, que está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), corre termos desde 2016 na sequência de notícias publicadas sobre alegadas ilegalidades praticadas no concurso pelo anterior diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), José Alberto Duarte. Estarão ainda em investigação os procedimentos que se desencadearam após o concurso que em janeiro de 2015 nomeou os cinco delegados regionais e que acabou por ser anulado a 19 de novembro desse ano pela ex-ministra da Educação Margarida Mano, em vésperas da sua saída do Governo.

O SOL sabe ainda que o caso terá sido enviado para um órgão de polícia criminal para que fossem feitas as diligências, sendo que, pelo menos desde o verão do ano passado, estão a ser ouvidas as partes envolvidas.  

Três anos depois, a 13 de março de 2018, o Ministério da Educação autorizou a realização de um novo concurso para selecionar cinco novos delegados regionais de Educação. O procedimento ainda não arrancou, estando ainda por constituir o júri do concurso e falta publicar o aviso de abertura do concurso na Bolsa de Emprego Público. 
Pelo caminho, durante estes três anos, foi praticado um rol de ilegalidades e de irregularidades – com três delegados cuja nomeação foi anulada e que, ainda assim, se mantiveram no cargo até ao final do seu mandato – e o concurso levou à saída de três dirigentes máximos da DGEstE.  

É aos cinco delegados regionais da Educação quem cabe fiscalizar e aplicar as medidas desenhadas pela tutela, nas escolas da respetiva região.

Questionado pelo SOL, o Ministério da Educação diz apenas que «não há conhecimento de qualquer investigação». 
Também questionada pelo SOL, até à hora de fecho desta edição, a Procuradoria Geral da República não esclareceu se já foram constituídos arguidos no âmbito deste inquérito, quais são os indícios que estão a ser alvo de investigação e se o ministro da Educação ou a secretária de Estado Adjunta já foram ouvidos pelo DIAP.   

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