Proprietários e inquilinos reagem com prudência às novas políticas de habitação

Proprietários e inquilinos reagem com prudência às novas políticas de habitação


“Resta saber se a prática, depois, vai demonstrar isso, porque muitas vezes o que se anuncia, depois, na prática não corresponde”, disse Romão Lavinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses


Os proprietários e inquilinos estão a reagir com prudência ao anúncio das novas medidas para a habitação pelo primeiro-ministro António Costa, aguardando pela aplicação das medidas. 

"Não há dúvida nenhuma que acabamos de assistir a um repositório de boas intenções, isso é inegável, que as intenções são óptimas. Agora, depois, às vezes, na prática as coisas não são bem assim", disse António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários, à agência Lusa. 

Já Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, considera que na generalidade as medidas são positivas, mas que "resta saber se a prática, depois, vai demonstrar isso, porque muitas vezes o que se anuncia, depois, na prática não corresponde". No entanto, Lavadinho ficou satisfeito com o "reequilíbrio entre os direitos dos inquilinos e dos proprietários" nas medidas anunciadas. "Saio satisfeito, porque de facto bem alterar aquilo que tem sido a situação atual, que é precaridade, despejos constantes, não respeito pelas pessoas", referiu ainda. 

Para o presidente da Associação Nacional de Proprietários, as políticas anunciadas, caso sejam concretizadas, serão a "maior operação de reconstrução do país depois do Marquês de Pombal".