O ilusionista faz este truque há mais de 15 anos e agora viu o segredo ser revelado em tribunal, depois de ter feito o truque com o chef de cozinha, Gavin Cox, que acabou por correr mal.
O caso remonta a 2013 e o chef acusa o mágico de negligência, por este ter caído e sofrido várias lesões cerebrais. O chef foi submetido a duas intervenções cirúrgicas, no pescoço e no ombro, e diz que ainda hoje sofre as consequências do acidente.
No âmbito deste processo, Copperfield terá pedido que este não fosse acompanhado pelo público, de forma a evitar que mais pessoas soubessem dos truques que faz nos seus espetáculos, mas o pedido foi rejeitado pelo tribunal.
Depois do incidente, o advogado de Gavin Cox, Benedict Morelli, já tinha revelado que queria perceber como é que o truque era feito.
De acordo com o The Guardian, Chris Kenner revelou em tribunal o segredo de uma das mais populares ilusões do mágico.
Quando Copperfield faz desaparecer várias pessoas da plateia, os seus ajudantes, munidos de lanternas, ajudam os voluntários – que são escolhidos aleatoriamente – a atravessar por entre cortinas escuras e passagens desconhecidas, que podem ser no interior ou no exterior do edifício onde decorre o espetáculo e, no fim, surgem novamente todos em cima do palco.
"Esse percurso é uma pista de obstáculos?", questionou o advogado de Gavin Cox, alegando que as lesões cerebrais e físicas permanentes do seu cliente já custaram mais de 400 mil dólares em cuidados médicos. Kenner disse que não, em tribunal.
Além disso, ainda durante a audência, Morelli perguntou a Kenner se os seus ajudantes e Copperfield avaliavam visualmente a condição física e o calçado dos membros que se encontram na plateia e que participam no truque que se chama "a reviravolta", uma vez que este truque acabou por deixar de encerrar o espetáculo no casino de Las Vegas.
Kenner recusou-se a dizer que era perigoso levar as pessoas ao longo de um caminho escuro e desconhecido, com diferentes tipos de piso.
Também o advogado do casino de Las Vegas, Jerry Popovich, falou em tribunal, onde disse que cerca de dez minutos antes de Gavin Cox ter caído, o próprio mágico caminhou em segurança exatamente pela mesma área.