"O dinheiro está disponível, mas há questões de tramitação processual, que penso que em uma semana ou duas semanas estarão em condições para que os procedimentos formais possam ser lançados", declarou o ministro, que falava à margem da cerimónia que servia para anunciar os novos investimentos no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Sobre as condições em que as crianças desta ala hospialar são atendidas, Adalberto Campos Fernandes assumiu que, do ponto de vista político, "não há mais tempo nem mais espaço para conversa que não seja autorizar a obra [da nova ala pediátrica], lançar o procedimento e executá-lo no mais curto espaço de tempo possível", sublinhando que toda esta questão se arrastar há cerca de dez anos, sendo que é "social e eticamente inaceitável".
"Não há ninguém que sinta mais incómodo e mais sentido de injustiça do que o ministro da Saúde e o Governo pela situação que há dez anos se arrasta na ala pediátrica e que tem contornos que importará esclarecer, mas importa muito mais resolver", disse o ministro esta segunda-feira.
"O que importa é criar condições para que, até que a obra esteja concretizada, nesse tempo seja tudo feito [para melhorar as condições], seja tudo minorado", afirmou ainda Adalberto Campos Fernandes.
Recorde-se que o ministro anunciou hoje que já pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para intervir nesta questão, de forma a esclarecer se a situação das crianças que são seguidas e tratadas neste hospital podia ter sido evitada.