Nos sete anos desde que a lei permite a alteração de nome e sexo no registo civil houve 35 jovens a mudar de género ao atingirem a maioridade. O Parlamento aprovou ontem a mudança dois anos mais cedo, aos 16.
Dados do Ministério da Justiça avançados ao SOL revelam que, em 2017, houve três jovens de 18 anos a alterarem o género para feminino e nove raparigas da mesma idade a pretenderem ser reconhecidas com o sexo masculino. O ano que passou estabeleceu, aliás, um recorde nos processos em todas as faixas etárias. Ao todo foram registados 139 casos, mais 53 do que no ano anterior. Os pedidos são mais comuns entre os 20 e os 30 anos .
Outra particularidade nas estatísticas nacionais é haver mais mulheres a pedir a alteração do género. Em 2017, dos 139 casos, 86 foram mudanças para o sexo masculino e 53 para feminino.
Apesar de os pedidos serem mais comuns entre os mais jovens, há processos em idades mais avançadas. Em 2011, ano em que entrou em vigor a Lei da Identidade de Género, houve quatro sexagenários a mudar de sexo, o mais velho com 68 anos. No ano passado, o homem mais velho que alterou o género para feminino tinha 61. A mulher mais velha tinha 58.