O que é a síndrome de burnout?

O que é a síndrome de burnout?


Eduardo Barroso afirmou na passada segunda-feira que o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, tinha entrado num estado de ‘burnout’. Mas, afinal, o que é que isto quer dizer? Qual a diferença entre ‘burnout’ e depressão?


De acordo com a informação disponibilizada no site do Centro para a Informação Biotecnológica norte-americano, o termo ‘burnout’ surgiu nos anos 70 e foi usado pela primeira vez pelo psicólogo americano Herbert Freudenberger. Foi usado para descrever as consequências graves provocadas pelo stress sentido por médicos e enfermeiros.

Hoje em dia, este problema afeta pessoas das mais diferentes áreas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, trata-se de uma síndrome associada ao stress profissional prolongado.

A exaustão é um efeito comum do stress, mas não um sintoma de uma doença. Será que o ‘burnout’ é apenas um conjunto de efeitos como este ou um problema de saúde concreto? Os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão quanto à definição deste termo, como explica a publicação do Centro para a Informação Biotecnológica norte-americano, nem aos sintomas por detrás deste problema. No entanto, de acordo com a mesma fonte, estes são os que costumam ser usados para descrever esta síndrome: exaustão e sentir-se abatido, alienação de atividades ligadas à vida profissional e uma diminuição dos níveis de desempenho.

E qual a diferença entre ‘burnout’ e uma depressão? Apesar de ser possível incluir os sintomas acima num diagnóstico de depressão, os dois problemas são diferentes. Isto porque a maioiria dos problemas que dão origem do ‘burnout’ estão relacionados com a vida profissional enquanto no caso da depressão os pensamentos negativos e a exaustão não estão apenas ligadas ao trabalho, mas também a outras áreas da vida pessoal.

Para além disso, outros sintomas relacionados com a depressão – como a baixa auto-estima, a sensação de desespero e as tendências suicidas – não costumam estar relacionados com a síndrome de ‘burnout’. De acordo com o Centro para a Informação Biotecnológica norte-americano, “as pessoas que sofrem de ‘burnout’ não têm necessariamente de ter uma depressão, mas este problema pode aumentar o risco de a desenvolver”.