E-toupeira. Brincadeira da Fnac gera indignação entre benfiquistas

E-toupeira. Brincadeira da Fnac gera indignação entre benfiquistas


“‘Como perde 6 milhões de clientes por causa do nosso gestor de redes sociais ser um imbecil’, aposto que ia ser líder de vendas”, escreve um dos utilizadores


A Fnac usou as redes sociais para brincar com a Operação e-toupeira, que envolve o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves. No entanto, muitos adeptos do clube da Luz parecem não ter gostado da publicação.

Ontem, a conhecida loja de produtos culturais e eletrónicos fez a seguinte publicação no Twitter.

Enquanto alguns elogiaram a originalidade da campanha da Fnac, outros mostraram-se indignados. “Excelente campanha, Fnac. Até deviam lançar um livro chamado "Como perde 6 milhões de clientes por causa do nosso gestor de redes sociais ser um imbecil", aposto que ia ser líder de vendas”, lê-se num dos comentários. “Que vergonha. De mim não veem nem mais um euro. Gerirem a página social desta maneira… Amadores”, refere outro utilizador.

Recorde-se que Paulo Gonçalves e o funcionário judicial José Nogueira da Silva foram ontem detidos no âmbito da Operação e-toupeira. O braço direito de Luís Filipe Vieira é suspeito de ter subornado funcionários judiciais com o intuito de obter informações relacionadas com processos que visam o Benfica e os seus rivais. Um deles é o caso dos e-mails.

Dois funcionários judicias e o empresário do futebol Óscar Cruz também foram constituídos arguidos.

De acordo com um comunicado emitido ontem pela PJ, "foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios".

"Nesta investigação, iniciada há quase meio ano, averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários", refere o mesmo documento. Em causa estão os crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.