O número de funcionários públicos aumentou pelo terceiro ano consecutivo. Segundo a Direção-Geral das Administrações e Emprego Público (DGAEP), no final de 2017 havia 669725 trabalhadores em funções públicas, mais quase 5600 que em 2016. Naquele ano, o aumento tinha sido de de 0,76% – 5029 pessoas – em relação aos 659123 funcionários a trabalhar para o Estado no final de 2015.
Depois de uma diminuição na legislatura anterior – no final de 2011 eram 727895 e no final de 2014 menos 71,4 mil os funcionários públicos – no final do ano de 2015 o número volta a crescer. Outubro foi o mês das eleições legislativas e a geringonça assume o governo. Em dois anos deste executivo o número de trabalhadores do setor público aumentou em 10602, o que representa um aumento de 1,5% no total da força de trabalho do Estado, contrariando as orientações para uma redução.
O Programa de Estabilidade apresentado pelo executivo na primavera do ano passado previa uma redução do número de funcioários do Estado até ao final de 2019 e uma estabilização do emprego a partir de 2020.
Segundo a Síntese Estatística do Emprego Público da DGAEP, a administração local contribuiu de forma significativa para o aumento do número de funcionários públicos em 2017 – que foi um ano de eleições autárquicas, com um acréscimo de 2101 postos de trabalho, mais 1,9% face ao ano anterior.
Saúde
Numa análise por carreiras verifica-se que entre 2016 e 2017 foram contratados 994 novos médicos e também 960 enfermeiros. Na educação, que representa mais de um quinto da força de trabalho do Estado, foram contratados no ano passado mais 1922 professores do Ensino Secundário e Básico e educadores de infância. O pessoal de investigação científica aumentou 10% de um ano para o outro, com a contratação de 143 novos profissionais.
No final de 2017 havia mais 2337 técnicos superiores do que um ano antes (uma subida de 3,9%), assim como mais 201 oficiais de justiça e 207 polícias municipais. Ao contrário, verificou-se uma redução do pessoal das Forças Armadas (menos 1.369 ou 4,8%) e das Forças de Segurança (menos 636 ou 1,2%).
Ao longo de 2017 o total de entradas na administração pública foi de 109498 pessoas, das quais 57059 são novos contratos. As restantes são mobilidade e outras situações. No ano passado foram 56202 as saídas, 5855 das quais por aposentação.
No que diz respeito a salários, o documento da DGAEP revela que o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores da administração pública era de 1460,8 euros em outubro de 2017, aumento de 0,7% relativamente a outubro de 2016, explicado em parte com a subida do salário mínimo.
Já o ganho médio mensal (inclui suplementos) era de 1693,9 euros em outubro, uma subida trime 1,6% em termos homólogos.