Paulo Blanco terminou ontem a sua defesa no julgamento do caso Fizz e hoje começam a ser ouvidas as primeiras testemunhas. E logo com uma de peso: Cândida Almeida, a mulher que durante anos esteve à frente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal e que chefiou Orlando Figueira, o procurador alegadamente corrompido por Manuel Vicente.
Blanco, o advogado que representou o Estado angolano em diversos inquéritos, voltou a dizer ontem que nunca teve qualquer contacto direto com o ex–vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e que quem contratou o magistrado foi o banqueiro Carlos Silva. O que não conseguiu foi provar aos juízes que Orlando Figueira tinha canal aberto para o presidente do Banco Privado Atlântico, não precisando da sua intermediação.
É que o antigo procurador tem defendido que era Blanco quem intermediava a sua relação com Carlos Silva, e o advogado veio afirmar em tribunal que o magistrado tinha contacto direto, invocando que inclusivamente num dos emails apreendidos – e que foi enviado para o ex-procurador -, o banqueiro estava em “Cc”. Mas em tribunal verificou–se que Orlando apenas conseguia ver o nome e nunca o endereço do email de Carlos Silva, ou seja, não serve o email de prova desse alegado canal direto.
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