Da politização  do assédio

Da politização do assédio


“Pergunto-me se a crise de confiança coletiva em Deus, que tão desmoralizados, incrédulos e cínicos nos deixa, não está também ligada à crise da aliança entre o homem e a mulher”, Papa Francisco.


Os hashtags #timesup e #metoo estão na moda, e toda uma massificação, na sua maioria feminista, se insurge contra o assédio, seja ele sexual ou moral. Esta é uma atitude de louvar, ou seja, a de combater qualquer tipo de assédio, porque assediar implica impor algo a alguém, não tendo ninguém o direito de violar a liberdade do próximo. Porém, é notório um ódio insistente aos homens, passando a ideia de que só estes assediam. Os homens também são assediados e também se sentem vulneráveis e traumatizados, principalmente no meio profissional. Segundo um estudo desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do ISCSP, “15,9% dos homens já foram vítimas de assédio moral, e 8,6% de assédio sexual no trabalho” (29/05/2017, “DN”).

Posto isto, é justo que os homens assediados se juntem à luta e não tenham vergonha de sair do armário e de lutar contra estas “violações de direitos”. Porque, continuando assim, pode ser que, futuramente, perguntar a uma senhora “que horas são?” seja considerado assédio, ou porque o abordante olhou para o decote e não nos olhos, ou porque foi muito brusco na abordagem.

Há também quem aproveite a deixa para ganhar espaço com vista a uma eventual candidatura à presidência dos EUA, com imensa hipocrisia à mistura. 

Clarificando, o assédio é um problema social que não é praticado por sexos, é praticado por pessoas com más intenções, e deve ser combatido por todos! 

Tal como Malcolm X tardiamente entendeu que o ódio à raça branca não era o mais correto, os movimentos feministas radicais devem também aceitar o facto de que o demónio não reside em todos os homens.

Escreve à terça-feira