Os hashtags #timesup e #metoo estão na moda, e toda uma massificação, na sua maioria feminista, se insurge contra o assédio, seja ele sexual ou moral. Esta é uma atitude de louvar, ou seja, a de combater qualquer tipo de assédio, porque assediar implica impor algo a alguém, não tendo ninguém o direito de violar a liberdade do próximo. Porém, é notório um ódio insistente aos homens, passando a ideia de que só estes assediam. Os homens também são assediados e também se sentem vulneráveis e traumatizados, principalmente no meio profissional. Segundo um estudo desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do ISCSP, “15,9% dos homens já foram vítimas de assédio moral, e 8,6% de assédio sexual no trabalho” (29/05/2017, “DN”).
Posto isto, é justo que os homens assediados se juntem à luta e não tenham vergonha de sair do armário e de lutar contra estas “violações de direitos”. Porque, continuando assim, pode ser que, futuramente, perguntar a uma senhora “que horas são?” seja considerado assédio, ou porque o abordante olhou para o decote e não nos olhos, ou porque foi muito brusco na abordagem.
Há também quem aproveite a deixa para ganhar espaço com vista a uma eventual candidatura à presidência dos EUA, com imensa hipocrisia à mistura.
Clarificando, o assédio é um problema social que não é praticado por sexos, é praticado por pessoas com más intenções, e deve ser combatido por todos!
Tal como Malcolm X tardiamente entendeu que o ódio à raça branca não era o mais correto, os movimentos feministas radicais devem também aceitar o facto de que o demónio não reside em todos os homens.
Escreve à terça-feira