Duplo leilão de curto prazo na quarta-feira

Duplo leilão de curto prazo na quarta-feira


Portugal vai ao mercado da dívida pública na próxima semana para emitir até 1750 milhões de euros a curto prazo. Na primeira emissão do ano de longo prazo do ano a procura foi 4 vezes superior à oferta.  


O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública revelou que quarta-feira, 17 de janeiro, pelas 10h30, haverá dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis meses e a um ano.

O montante indicativo global para a primeira ida ao mercado emitir dívida a curto prazo é de 1500 milhões de euros com maturidade 20 de julho de 2018 e 1750 milhões de euros e com maturidade a 18 de janeiro de 2019.

O IGCP conta realizar mais dois duplos leilões de BT no primeiro trimestre: um em fevereiro e outro em março. Durante o ano 2018 o IGCP poderá ainda emitir Bilhetes do Tesouro até 17 mil milhões de euros.

Nos últimos leilões comparáveis, o IGCP conseguiu colocar 400 milhões de euros a seis meses a uma taxa de juro de -0,40% e 1100 milhões de euros a um ano a uma taxa de juro -0,349%

Para este ano está programada a emissão de 15 mil milhões de euros através da emissão bruta de Obrigações do Tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões de forma a assegurar emissões mensais.

A primeira emissão sindicada do ano ocorreu na passada quarta-feira e Portugal conseguiu arrecadar 4000 milhões de euros em OT a dez anos, montante que garante 27% do financiamento previsto para 2018.

Pela nova linha, que teve a uma procura mais de quatro vezes superior ao montante colocado, a taxa de juro foi a mais baixa de sempre neste tipo de operação sindicada: 2,05%.

Segundo a instituição liderada por Cristina Casalinho, os bancos ficaram com 37,2% dos títulos emitidos, enquanto as seguradoras e os fundos de pensões compraram 17,2%.

Na emissão sindicada realizada em janeiro de 2017 os bancos compraram 24,6% e as seguradoras e fundos de pensões 10,8%.

Pelo contrário, as gestoras de ativos (classe onde estão os investidores mais especulativos) ficaram com mais de metade da emissão de 2017 e agora compraram 37,9%.