Escolas sem fundos para aquecer salas de aula

Escolas sem fundos para aquecer salas de aula


Diretores revelam atrasos na libertação das verbas por parte do governo


Para conseguirem pagar as contas, as escolas estão a cortar no aquecimento das salas de aula. Esta quarta-feira, dia em que recomeçam as aulas depois das férias de Natal, os diretores revelaram que o governo ainda não libertou as verbas de 2017 e admitem estar com dificuldades em pagar as contas e renovar algum material escolar.

Como noticia o Diário de Notícias, Manuel António Pereira, diretor do agrupamento de escolas de Cinfães e presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares confirma as graves dificuldades financeiras, referindo que as escolas do interior do país estão com grandes problemas para combater o frio. “O dinheiro não dá para tudo e já estamos a viver em duodécimos. Os encargos básicos são muito grandes, com água, gás, eletricidade, comunicações, e o orçamento mal chega. Por exemplo, gastámos três mil euros em gás em duas semanas, e este ano o frio até começou mais tarde”, explica.

Manuel António Pereira sublinhou ainda que existe material escolar que já está a deixar de funcionar e que isso perturba o bom funcionamento da escola. “Tentamos que o bem-estar dos alunos seja posto em primeiro lugar, mas depois não dá para renovar material, investir em projetores, computadores ou quadros interativos. O nosso parque informático já tem dez anos e é um problema muito complicado das escolas portuguesas”.

Segundo o mesmo jornal, o Ministério da Educação afirmou que o processo de distribuição das verbas às escolas é iniciado com o começo de cada ano económico e que “as escolas estão em processo de submissão da sua proposta”.