2017, o ano da trumpização mundial

2017, o ano da trumpização mundial


E assim termina o ano, com espetáculos pirotécnicos pelo mundo fora, conforme a meia-noite chega dependendo do fuso horário, e como tal é fundamental identificar o momento mais marcante do ano. 


Momento esse que não é mais nem menos do que a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump a 20 de Janeiro, ou será a enorme resistência face a este Presidente, essencialmente por forças esquerdistas, que até hoje se faz notar.

Corria o dia 20 do mês de janeiro, sexta-feira, e Trump acompanhava Obama à saída da Casa Branca enquanto já eram esperados cerca de 300 mil manifestantes em Washington DC. Com a América dividida, Trump termina o seu discurso de carácter nacionalista, já como 45º Presidente. Desaparecem logo no site oficial da Casa Branca temas como por exemplo: “Aquecimento global” e “mulheres”.

A União do eterno “yes we can” havia acabado. Uma coisa é certa, não o podem acusar de ter feito uma campanha baseada na mentira, uma vez que a sua agenda política não se desviou, está a cumprir o que prometeu, ou melhor, digamos até que os mínimos necessários. Por cá costumamos dizer “cão que ladra não morde”, e é basicamente isto que se passa, um Twitter non-stop e declarações incendiárias, mas atividade material reduzida, em que no mesmo período de tempo, assinou muito menos projetos-lei do que os seus antecessores, Democratas e Republicanos.

Os direitos LGBT permanecem intactos, bem como a maioria das normas ambientais e o desemprego diminuiu para um mínimo de 4,1%. Até aqui tudo bem, mas há um mal maior. A imagem do Presidente Trump é contagiosa, reforça naturalmente, digamos, os partidos da alt-right por toda a Europa e pelo resto do mundo ocidental, sendo por si só uma ameaça para a democracia mundial a longo prazo. 

A crescente “Esquerda”, mas ainda embrionária, estilo “Bernie”, tendo conseguido “abafar” o “centro-caviar” de Hillary na oposição, prepara-se agora para o verdadeiro confronto, a fim de evitar que haja um retrocedimento, quer na evolução das normas ambientais, quer nos direitos sociais. A esta “resistência” que até ao início deste ano era praticamente inexistente, muitos dão o nome de “o maior acontecimento político de 2017”.  

Escreve à terça-feira