Réveillon. Cartolas de Medina já circulam por Lisboa

Réveillon. Cartolas de Medina já circulam por Lisboa


Artefactos comprados pela EGEAC para distribuir gratuitamente na festa da passagem de ano não passam de chapéus de plástico


As cartolas que a EGEAC (Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa) comprou para distribuir gratuitamente na festa de passagem de ano na Praça do Comércio, em Lisboa, e que têm estado no centro de uma enorme polémica devido ao elevado custo, começaram ontem a circular pelas ruas de Lisboa. A organização terá escolhido o primeiro dia de festas no centro da cidade para entregar parte das cartolas pretas e vermelhas, que na verdade não passam de chapéus de plástico.

Como o i revelou na última semana, a compra das cartolas foi adjudicada à Whitespace Creative Communication, Unipessoal, Lda por 57 mil euros. Um dos pontos que está a levantar alguma polémica é o facto de a empresa não ser especializada neste tipo de artigos, mas sim um mero intermediário.

A empresa, que forneceu em tempo recorde os 30 mil chapeus com a inscrição 'Super Ano Novo' à Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa é detida por Pedro Calhordas, antigo autarca socialista em Estremoz.

O antigo autarca já rejeitou entretanto qualquer benefício devido à sua ligação ao Partido Socialista, alegando que foi indicado por uma pessoa que conhecia o seu trabalho.

Também a EGEAC já garantiu que, apesar de se tratar de um ajuste direto, consultou outras duas empresas e que a proposta da Whitespace era a mais vantajosa.

Entretanto, como o semanário Sol avançou hoje, a Super Bock Group já se distanciou da polémica – várias notícias deram conta de que as cartolas eram condição para atribuição do patrocínio de 200 mil euros da marca – dizendo: "O envolvimento da Super Bock com o evento 'Super Ano Novo' está limitado ao papel de patrocinador do evento".