MP brasileiro acusa Schmidt de usar dinheiro do crime em lisboa

MP brasileiro acusa Schmidt de usar dinheiro do crime em lisboa


Após a defesa do arguido da Lava Jato ter pedido pareceres a três constitucionalistas portugueses para tentar impedir extradição para o Brasil, o procurador brasileiro responsável reage ao SOL dizendo-se perplexo com o facto de Raul Schmidt estar a usar dinheiro do crime para pagar juristas. 


O procurador brasileiro que coordena a investigação a Raul Schmidt – o arguido da Lava Jato detido em Lisboa no ano passado – espera que a extradição se concretize em breve e critica a postura do arguido, que, segundo afirma, anda a pagar com dinheiro do crime pareceres a Constitucionalistas de renome em Portugal, com o objetivo de «sustentar o insustentável». Diogo Castor de Mattos afirma ainda que a nova lei portuguesa da nacionalidade não altera os pressupostos da extradição e frisa que os pareceres pedidos pela defesa a constitucionalistas de renome são apenas «manifestações pagas» e, por isso, sem credibilidade.

Em declarações ao SOL, o procurador da República Diogo Castor de Mattos reagiu aos pareceres pedidos pela defesa de Schmidt aos constitucionalistas portugueses Gomes Canotilho, Paulo Otero e Rui Moura Ramos, nos quais se defende ser ilegal a extradição do cidadão luso-brasileiro para o Brasil. Os juristas consideram que com a nova lei da nacionalidade e tratando-se de um brasileiro neto de portugueses, Raul Schmidt – suspeito no Brasil de crimes de corrupção, branqueamento de capitais e organização criminosa –, tem os mesmos direitos de um português de nascença, o que impossibilitaria a aceitação do pedido formulado por Brasília.

Saiba mais na edição do SOL deste sábado