Chapecoense: Um ano depois da tragédia

Chapecoense: Um ano depois da tragédia


O acidente que vitimou a equipa brasileira ocorreu há um ano mas o processo de investigação ainda decorre


Foi a 28 de novembro de 2016 que o avião que transportava a equipa de futebol Chapecoense para a final da Taça Sul-Americana se despenhou por falta de combustível. Dos 77 tripulantes do avião, apenas sobreviveram seis.

Alan Ruschel, Jackon Follmann, o guarda-redes que perdeu a perna direita, e Neto, que ainda está em recuperação, foram os sobreviventes do plantel da equipa. Follmann e Ruschel foram recebidos e abençoados pelo Papa Francisco em Roma, a quem tinham enviado uma camisola da equipa com o número 71, o número de vítimas mortais do acidente.

As investigações sobre o acidente que envolveu um voo da companhia privada LaMia ainda prosseguem e, recentemente, foram divulgadas informações sobre a propriedade do avião, e averiguou-se que o aparelho não pertencia à companhia aérea mas sim a Ricardo Albacete, ex-senador venezuelano. Esta situação está a atrasar as indemnizações aos familiares das vítimas, que estão com dificuldade em encontrar os responsáveis, sendo que o seguro que a companhia aérea detinha não estava válido.

No entanto, a equipa angariou fundos, em nome próprio, através de jogos particulares, dividindo o valor entre os familiares e a recuperação do clube. No total, a Chapecoense anunciou entregar 11.010 reais (perto 2.870 euros) a cada família das vítimas do acidente.

A Chapecoense, que acabou por receber a título honorário a Taça Sul-Americana a pedido do adversário Atlético Nacional, voltou aos campeonatos. E, antes dos jogos oficiais, Alan Ruschel voltou também aos campos no primeiro jogo onde as famílias das vítimas homenagearam a equipa num dos momentos mais marcantes da época.

Nesta altura, a equipa integrou o campeonato “Brasileirão”, numa decisão contestada pelas famílias das vítimas que lamentaram que Plínio Filho, o novo presidente do clube, estivesse em falta com a memória dos mortos. No entanto, a equipa liderou o campeonato brasileiro nas primeiras jornadas, tendo depois caído na tabela, o que levou à demissão do treinador Vagner Mancini por Gilson Kleina, que conseguiu assegurar a permanência no “Brasileirão”. A Chapecoense conseguiu ainda conquistar o regional de Santa Catarina, mas foi eliminada da Taça dos Libertadores logo na estreia.
Só este mês os adeptos da equipa voltaram a ter razões para festejar quando viram assegurada a permanência no campeonato brasileiro.