O método usado não deixa dúvidas de que Sayfullo Saipov, o imigrante usbeque que na terça-feira atropelou mortalmente oito pessoas em Nova Iorque (e feriu outras 12), seguiu as instruções que o Estado Islâmico dá aos seus seguidores no seu site. Usar veículos automóveis contra pessoas e causar o máximo dano, eis a fórmula encontrada pelos fundamentalistas para cometer atentados terroristas em cidades ocidentais.
Sayfullo Saipov, de 29 anos, há sete nos Estados Unidos com autorização de residência, vivia em Paterson, no estado de New Jersey, a cerca de 40 km a norte da baixa de Manhattan onde aconteceu o ataque.
Tal como muitos outros terroristas, Saipov também procurou o suicídio depois de cometida a sua ação terrorista, saindo disparado da pick up alugada (depois de ter embatido num autocarro escolar) com duas armas de brincar – uma de paint-ball e outra de chumbinhos – para atrair a morte à mão dos agentes da polícia, que não lhe fizeram a vontade, imobilizando-o com um tiro não fatal no abdómen.
Entre os pertences que a polícia apreendeu no local, encontrou um bilhete em que, segundo afirmou o vice-comissário da polícia de Nova Iorque, John Miller, em conferência de imprensa, Saipov sublinhava que “o Estado Islâmico (EI) irá durar para sempre”. Acrescentando que, aparentemente, “seguiu quase à risca as instruções que o EI disponibilizou nos seus canais de redes sociais aos seus seguidores”.
“Animal” terrorista Entretanto, Donald Trump anunciou que pretende enviar Saipov para Guantânamo: “Enviem-no para Gitmo [Guantânamo]”. Para o presidente dos Estados Unidos, este é o castigo para os “animais” que executam ataques como estes. No entanto, a ideia pode ser difícil de concretizar uma vez que implica questões legais, avança o “The New York Times”. O jornal que nenhum suspeito preso em solo americano foi enviado para o centro de detenção da base americana de Guantânamo, em Cuba, que não recebe qualquer detido desde 2008
“Foi um acontecimento terrível. Temos de acabar com isto, é tempo de acabar a sério”, disse Trump, anunciando que vai acabar com o programa de sorteio de vistos de residência. “Estou hoje a iniciar o processo para pôr fim ao sorteio de vistos de residência”, afirmou, acrescentando: “vou pedir imediatamente ao Congresso para iniciar o processo” para nos livrar deste programa. “Sorteio de vistos – soa bem, não é bom. Não tem sido bom. Nós estamos contra isto”, acrescentou.
