A PSP e a GNR passaram a ter a gestão do SIRESP no dia 16 de outubro, apenas um dia depois do fatídico domingo na sequência do qual morreram 45 pessoas.
A decisão foi tomada pela ex-ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, em agosto, mas a medida, apesar da contestação de que foi alvo, foi concretizada dois dias antes da sua demissão, avança esta sexta-feira o jornal Público.
O também ex-governante Jorge Gomes, na altura ainda secretário de Estado da Administração Interna, assinou a 16 de outubro um despacho para a criação de uma equipa de gestão do SIRESP dentro do ministério da tutela, a ser liderado pela PSP e pela GNR.
A equipa será constituída por 16 pessoas, entre militares da guarda e agentes da polícia, e trabalhará no Centro de Operações e Gestão do SIRESP, 24 horas por semana, 365 dias por ano.
O Público adianta ainda que o trabalho será essencialmente operacional, ou seja fazendo a ligação aos utilizadores, e não de controlo da operadora.
A fiscalização e o acompanhamento das medidas contratuais “continuará a ser da responsabilidade da Equipa Multidisciplinar de Comunicações Críticas, da SGAI”, lê-se no despacho assinado por Jorge Gomes, citado pelo mesmo jornal.
Recorde-se que Constança Urbano de Sousa pediu a demissão do governo a António Costa no dia 18 de outubro, na sequência das críticas da oposição e do próprio Presidente da República, que num discurso pouco antes foi muito duro com a sua atuação, não se referindo, no entanto, diretamente à ministra.