Hotelaria com 32 milhões de dormidas até julho

Hotelaria com 32 milhões de dormidas até julho


De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, nos primeiros sete meses do ano, o número de dormidas cresceu 9,6%.


De janeiro a julho registaram-se mais 9,6% de dormidas do que no ano anterior. No entanto, a verdade é que os turistas ficam cada vez menos tempo.

Foram hospedados cerca de 11,6 milhões de hóspedes, responsáveis por 32,1 milhões de dormidas. Com os portugueses a contribuírem mais do que os estrangeiros, os números revelam crescimentos de 9,6% e 8,5%, respetivamente, quando comparados com igual período do ano passado.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e mostram ainda que houve um aumento na faturação dos estabelecimentos, com os proveitos a totalizarem 1,8 mil milhões de euros.

 

Algarve e Açores

Durante os primeiros sete meses do ano, o mercado interno começou uma trajetória ascendente. No mês de julho foram os portugueses que contribuíram com dois milhões de dormidas. O crescimento foi de 3,0%, que compara com a queda de 0,4% registada durante o mês de junho.

Já o mercado externo sofreu um abrandamento. Cresceu 5,4%, quando em junho tinha crescido mais de 10%. Ainda assim, foi o mercado que mais peso teve nos resultados finais, com 4,9 milhões de dormidas.

Na lista de preferências está o Algarve, que concentrou 40,5% das dormidas mensais. Em segundo lugar aparece a Área Metropolitana de Lisboa, com 21,2% das dormidas. Mas em termos de crescimento, a zona que mais chama a atenção nos resultados do INE é a região dos Açores, com 243 mil dormidas, o que equivale a um crescimento de 18,6%. Já a Região Centro cresceu 14,9%, ao registar 626 mil dormidas.

Entre os povos que mais procuram Portugal para passar uns dias de férias estão os britânicos, que representam 23,2% das dormidas de não residentes. Já os espanhóis totalizam 11%, seguidos dos alemães, com 10,5% no total.

Dentro das nacionalidades que mais cresceram está a brasileira, que foi a que mais subiu, com um avanço de 46,2%. Já o mercado norte-americano cresceu 27,8%.

 

Turismo puxa pelo emprego

O crescimento do turismo em Portugal tem estado a contribuir também para a criação de novos postos de trabalho. A taxa de desemprego recuou no segundo trimestre deste ano, caindo dos 10,1% para os 8,8%.

De acordo com os dados do INE divulgados durante o mês de agosto, falamos, assim, do valor mais baixo desde 2011. No entanto, esta tendência não é nova porque, nos últimos anos, o desemprego afunda sempre entre o mês de abril e o mês de junho, dada a sazonalidade do mercado de trabalho.

A comprovar essa tendência está o facto de a maior descida da taxa de desemprego se ter verificado no Algarve, que passou a ter a segunda taxa mais baixa do país (reduziu de 10,6% para 7,6%).

O INE evidencia que “a população desempregada, estimada em 461,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 11,9% (menos 62,5 mil), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o 2.o trimestre de 2016. Em relação ao trimestre homólogo, verificou–se uma diminuição de 17,5%”.