Barcelona. Número de vítimas mortais aumenta para 16

Barcelona. Número de vítimas mortais aumenta para 16


Alemã ferida no ataque às Ramblas morreu esta manhã. 


Uma mulher de nacionalidade alemã morreu este domingo em Barcelona dos ferimentos contraidos no duplo-atentado do dia 17 de agosto, fazendo aumentar o número de vítimas mortais causadas pelos ataques para 16.

A mulher, ainda não identificada pelos serviços catalães, morreu durante a manhã depois de mais de uma semana em estado crítico e um dia depois de o presidente do governo espanhol, o rei e os líderes da região autonímica participarem numa marcha contra o terrorismo com centenas de milhares de pessoas.

As autoridades dizem que há ainda 24 pessoas hospitalizadas. Cinco estão em estado crítico e quatro estão em estado considerado grave. 

Unidade e desunião

À volta de meio milhão de pessoas desfilaram sábado em Barcelona sob o lema “no tinc por” – “não tenho medo” –, naquilo que foi concebido simultaneamente como uma homenagem às vítimas, protesto contra o terrorismo e, com um certo contorcionismo político, numa demonstração de unidade nacional num momento em que a Catalunha avança para uma consulta independentista desautorizada pelo governo, monarquia e tibunais.

As primeiras intenções foram bem-sucedidas: a irmã de dois dos terroristas de Ripoll discursou com um véu islâmico, dizendo “não ao terrorismo, não à violência e sim à paz”; e o pai da mais jovem vítima, que tinha apenas três anos, abraçou-se a um imã. 

Mas houve resistência à demonstração de unidade nacional. Os líderes catalães – em rutura aberta com Madrid – prometeram engavetar as “divergências legítimas” para a homenagem às vítimas, mas centenas de nacionalistas catalães vaiaram  e insultaram o rei Felipe VI e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.